domingo, 26 de dezembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #022 >>> A Abolição do Homem

A Abolição do Homem - C.S. Lewis, Editora Martins Fontes, 2005.


... Não se pode “ver o que está por trás” das coisas para sempre. Todo o propósito que existe em ver o que está por trás de alguma coisa reside justamente nisso: em ver, através dessa coisa, um objeto real. É bom que a janela seja translúcida, justamente porque a rua ou o jardim além dela são opacos. E se também fosse possível ver através do jardim?  Não há nenhuma utilidade em tentar “enxergar o que está por trás” dos primeiros princípios... “Ver o que está por trás” de todas as coisas é o mesmo que não ver nada.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #021 >>> Romanos

João Calvino em seu livro Romanos expõe sobre os versículos 33 a 36 do capítulo 11 da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos.

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?  Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?  Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!

“ ... Ao ouvirmos as palavras, Ó profundidade, sentimo-nos incapacitados para expressar a imensurável força que esta declaração de espanto encerra no sentido de reprimir a temeridade da carne... O apóstolo nada mais pode fazer senão ponderar e exclamar que as riquezas da sabedoria de Deus são demasiadamente profundas para que a nossa razão seja capaz de sondá-las... Ele prossegue ainda com sua exclamação, na qual exalta ainda mais o mistério divino, enquanto que nos refreia ainda mais da natural curiosidade de nossa investigação. Aprendamos, pois, a evitar as inquirições concernentes a nosso Senhor, exceto até onde ele se nos revelou através da Escritura. Do contrário, entraremos num labirinto do qual o escape não nos será fácil... Já que nosso dever é deixar-nos guiar pela orientação do Espírito, então devemos ficar e permanecer onde ele nos deixar.  Se alguém presume conhecer mais do que o Espírito lhe haja revelado, o mesmo acabará sendo fulminado pelo imensurável fulgor dessa luz inascessível.  Não devemos esquecermo-nos da distinção entre o conselho secreto de Deus e sua vontade revelada na Escritura.  Ainda que toda a doutrina da Escritura exceda, em sua sublimidade, ao intelecto humano, todavia os crentes que seguem o Espírito como seu Guia, com reverência e circunspecção, não são proibidos de ter acesso à vontade divina. Entretanto, outro é o caso em relação a seu conselho oculto, cuja profundidade e cuja altura  não temos como atingir através de nossa investigação... “  

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Alguém disse #010 - Sobre a autoridade de Deus.

Devemos simplesmente lembrar disso: que Deus seria privado de parte de sua honra caso não lhe fosse permitido exercer autoridade sobre o homem de ser o árbitro de sua vida e de sua morte.
(João Calvino, em Romanos, Edições Parakletos)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alguém disse #009 - Sobre o céu.

Reproduzo aqui palavras de Jonathan Edwards (1703-1758), em tradução livre do livro de bolso - Heaven: a world of love - editado pela Banner of Truth Trust em 2008.


“Todo salvo no céu é como uma flôr naquele jardim de Deus, e o amor santo é a fragrância e o cheiro doce que todas elas exalam, e que preenchem as moradas daquele paraíso celestial. Cada alma lá, é como uma das notas de um concerto de prazerosa música, que suavemente harmonizam-se uma com a outra, e onde todas as notas combinam-se no mais alegre arranjo de louvor eterno a Deus e ao Cordeiro. E assim todos se ajudam mutuamente, ao máximo, para expressar o amor de toda a sociedade ao seu Pai e Cabeça, e para retornar o amor para a grande fonte de amor, pela qual eles são supridos e cheios de amor, e de santificação e glória. E assim eles amarão, e reinarão em amor e em alegria divinal, que é o seu fruto abençoado, de tal maneira que nenhum olho já viu, nem ouvido ouviu, nem alguém nesse mundo imaginou em seu coração; e então, na plenitude da esplendorosa luz do trono, cativados pela felicidade que aumenta sem fim, e que também é eternamente plena, eles viverão e reinarão com Deus e Cristo para sempre e sempre!”  

sábado, 16 de outubro de 2010

Música #001

Luzes
(por Ricardo Figueiredo)




Sangue, crimes, incesto na cidade
Facas, taras, aborto nessa idade
Mesmo assim o cara se distrai
Nas cores, nas luzes da cidade

Vida louca nega a Verdade
Duas faces, confusa realidade
Mesmo assim o cara se distrai
Nas cores, nas luzes da cidade

Não! Eu não quis contemplar a miséria calado
Dei um grito de socorro ao meu Deus
Não! Eu não quis prosseguir nesta miséria calado
Dei um grito de socorro ao meu Deus

Clamor atendido, vida renascida
Olhos novos visando o Eterno
Sendo assim toda coisa muda
Dentro de mim há paz de verdade.


("Luzes" - Música gravada em 1989 pelo Grupo S8)

sábado, 2 de outubro de 2010

Lí, gostei e recomendo #020

Estou postando aqui ótimo texto acessado em http://palavraplena.typepad.com


Acho que o tema foi muito bem colocado e é de suma importância para a saúde espiritual do povo de Deus. Compartilho da mesma preocupação e assombro com a ética no evangelicalismo nacional. Apenas acho que as manifestações cidadãs não devem ser lideradas pelas igrejas, mas sim praticadas por cada crente, atuando em instituições ou grupos voluntários junto à sociedade civil. Penso que a igreja deve primordialmente cumprir seu papel de ensinar e pregar a Palavra, edificando o seu povo para que este seja luz no mundo e sal da terra nas vocações para as quais cada um foi chamado pelo Senhor. Segue o post!


LIMITES ESTREITOS DA ÉTICA EVANGÉLICA BRASILEIRA

4528452809_ef8a6a386b_mHá certos temas que são recorrentes na maior parte dos púlpitos brasileiros. Percebe-se a igreja, por exemplo, bastante preocupada com pedofilia, lei da homofobia, aborto, pornografia, divórcio. Por motivo de integridade intelectual, não se pode crer no Novo Testamento, e menosprezar esses assuntos. A liberdade de expressão, os direitos da criança, a santidade da vida humana, a pureza sexual e a importância do matrimônio são valores inegociáveis do cristianismo. Teme-se que -se essas iniquidades não forem combatidas pela igreja-, Deus julgará o seu povo.
Temos motivos, de fato, para nos preocupar. Porém, muito mais amplos do que o que inquieta a maior parte da igreja. Por que? Porque essas não são as únicas transgressões que a Bíblia denuncia e condena. Há iniquidades, tão graves quanto as supramencionadas que passam despercebidas por -aqueles cujos nomes constam no rol de membros das igrejas brasileiras-, e presentes de modo histórico, disseminado e crônico no Brasil. 
Não se menciona nos nossos púlpitos a desigualdade social, os casos de homicídio, as péssimas condições de moradia do pobre, a superlotação dos presídios, os salários baixos, a fome, a condição precária dos hospitais, a falta de acesso a educação de qualidade. Como pensar que seremos julgados por Deus pela prática daqueles pecados e não destes? O fato de uns estarem em vias de ser institucionalizados e outros não, não faz diferença, pois jamais houve o caso de um povo ser justificado diante de Deus pela beleza da sua legislação. A lei sem obras é morta.
Tem que ser igualmente enfatizado que -o juízo sempre começa pela casa de Deus. O que falar dos que dizem representar os interesses da igreja nas assembléias legislativas estaduais e Congresso Nacional, eleitos com o voto do crente, em campanhas realizadas no horário do culto a Deus? Alguns são reputados como os mais reacionários, vaidosos, alienados, corruptos que se tem notícia. Como deixar de fazer menção das igrejas que lavam dinheiro? Como não mencionar os pastores que deixam suas congregações se transformarem em currais eleitorais de canalhas, em troca de concessão de rádio, aparelhagem de som, legalização de propriedade e tijolo para construir templo? 
Não podemos deixar de deplorar as grandes mobilizações -marchas ufanistas-, capazes de levar milhares para as ruas para nada, absolutamente nada. Pessoas são assassinadas aos milhares nas cidades brasileiras, dinheiro público escoa pelo bueiro da corrupção, metade da população habita em bairros sem rede de esgoto, e a igreja se reúne, em número incontável, nas principais cidades do Brasil, sem anunciar que está indo para as ruas a fim de combater essas provocações à santidade de Deus. Qual o motivo de uma passeata pelos direitos e garantias fundamentais do povo brasileiro jamais ter sido realizada pela igreja? A preocupação com a vida, no seu sentido mais amplo, não está presente nos corações dos seus membros, uma vez que estes encontram-se completamente alheios à obscenidade da violação dos direitos humanos, na maioria das vezes perpetrada pelo próprio Estado.
Deixaremos de denunciar as nossas instituições de ensino teológico, muitas das quais, ensinam o exato oposto proclamado pelas Escrituras Sagradas, sem ter quem faça oposição? De igual modo, muitos dos nossos pastores terão que, antes de denunciar os pecados dos de fora, aprender a se desfazer das jóias de ouro que ostentam, dos ternos caríssimos que exibem, dos carros luxuosos que dirigem e padrão de vida endossado por uma teologia que -só serve para justificar a riqueza dos profetas de causa própria-, enquanto uma massa de crentes é mantida no padrão social dos mais baixos do país. Igualmente, convém proclamar, que envergonham os céus, campanhas para levantamento de ofertas que fazem tropeçar todo e qualquer brasileiro que tem cérebro, uma vez que apelam para a ignorância e crendice, num contexto de total falta de transparência da administração financeira de instituições evangélicas.
As afrontas a Deus, tanto na nossa nação quanto na igreja, são mais amplas e sérias do que pensamos. Temos provocado um Deus Santo. Por isso, o desrespeito da população brasileira pela igreja, o desprezo pela função do pastor, a falta de interesse dos meios de comunicação pelo que a igreja pensa. Perdemos credibilidade. Setores inteiros da nossa sociedade não conseguem se imaginar presentes em cultos barulhentos, onde não se fala coisa com coisa e dirigidos por homens de vida dúbia.
As maiores ofensas a Deus que ocorrem na nossa nação, só serão combatidas pela igreja, quando esta deixar de agir de modo espasmódico, ingênuo, estreito, superficial. Esses batalhas não se vencem sem evangelização que prega arrependimento para com Deus e fé em Jesus Cristo, oração, protesto nas ruas, busca de informação, pressão sobre as três esferas de poder da república, entre outras ações mais, tão ausentes da práxis das igrejas do nosso país. O que houve conosco? Somos protestantes. Atrás de nós, há uma legião de homens e mulheres, que -por crerem no que creram- protestaram, vindo a selar seu testemunho com seu próprio sangue.
Enquanto nossa mensagem for determinada por uma pregação estranha às reais demandas morais e espirituais do Brasil, carente de relevância, pobre de pertinência histórica, destituída de discernimento temporal e privada de fidelidade às Escrituras, continuaremos a deixar de pregar sobre aquilo que tão extensamente encontramos nos textos proféticos da Bíblia, e que seria proclamado com clareza, paixão e ousadia por qualquer profeta do passado que estivesse em nosso lugar -homens que costumavam ser valentes não apenas dentro do templo-, mas nos locais onde as verdades referentes às demandas do direito e da justiça tinham que fluir, como um grande e caudaloso rio.

Antônio Carlos Costa
Ministro do evangelho 
Presidente do Movimento Rio de Paz

sábado, 18 de setembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #019 >>> Amados por Deus

Em seu livro “Amados por Deus” (Editora Cultura Cristã), R.C. Sproul procura responder algumas perguntas dentre as quais destaco a seguinte: “De que modo as pessoas podem experimentar e transmitir o amor de Deus?”  

De maneira simples e direta, Sproul apresenta argumentos importantes sobre o amor e a resposta para a indagação acima descrita, utilizando para isso a Palavra de Deus, em especial os versículos bíblicos contidos em 1 João 4:7-11, a saber:

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” 

Sproul comenta assim esse texto bíblico:

“(Na) afirmação de João de que Deus é amor, vemos um artifício literário que aponta o fato de que Deus é a origem, o fundamento, o modelo e fonte de todo amor. Lembramos que o contexto bíblico em que João diz que Deus é amor é uma exortação ou um mandamento sobre o modo como devemos nos comportar em relação ao próximo. João escreveu ‘Amados, amemo-nos uns aos outros’. Este é o imperativo que está diante de nós. Quando João procurou um fundamento lógico para este mandamento, ele acrescentou ‘porque o amor procede de Deus’.

Dizer que o amor procede de Deus significa que o amor pertence a Deus ou que é uma propriedade de Deus. Ele tem a posse do amor como uma propriedade do seu ser divino, como um atributo. Significa também que o amor é essencialmente de Deus. Sempre que o amor é manifestado, ele aponta para seu fundamento, seu proprietário e sua fonte, que é o próprio Deus. Novamente, isto não significa que todo amor é de Deus, mas significa que todo amor genuíno procede de Deus e tem suas raízes nele.

O amor que João está descrevendo obviamente não é um amor genérico. O amor que ele descreve é um tipo específico de amor. Ele fala disto em termos restritivos. O amor está limitado àqueles que nasceram de Deus e que conhecem a Deus. Ele continua a dizer que a pessoa que não ama, neste sentido limitado, não conhece a Deus e provavelmente não é nascido de Deus.

Este tipo restritivo de amor que caracteriza Deus é o tipo de amor que se revela naqueles que nasceram de Deus. É um dom com uma origem sobrenatural. Encontra-se apenas nos que nasceram de novo, porque todos os que exercitam e apenas aqueles que o exercitam são nascidos de Deus.”

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alguém disse #008 - Perguntas aos evolucionistas

Meu amigo Emir me enviou um email com interessantes perguntas feitas por um cara chamado Teno Groppi. Tratam-se de questões que desafiam a lógica do raciocínio evolucionista. Leia abaixo e responda se puder.

- Quando o "Big Bang" supostamente começou o universo - o que foi que explodiu? Donde veio o primeiro pedaço de matéria? Donde veio a energia que causou a explosão? Donde veio o espaço para dentro do qual a explosão se expandiu?

- De que maneira pernas evoluíram para asas sem evoluir primeiramente para [alguma coisa] parcialmente perna, parcialmente asa? Tal [aleijão] seria inferior, para se locomover, a qualquer uma das duas [alternativas de membros] totalmente desenvolvidas. Aquela [forma transitória] não tornaria a extinção mais provável [que tudo], pelo fato de esta criatura ter mais dificuldade em buscar comida e em fugir de predadores? (A mesma pergunta pode ser feita para escamas e penas, ou guelras e pulmões, e outros órgãos). 

- O que evoluiu primeiro: as plantas, ou os insetos que as polinizam?

- O que veio primeiro: a mensagem do DNA, ou o [seu] portador que é o RNA, ou a proteína, uma vez que a produção de cada um deles requer que os outros dois já estejam presentes? 

- Para que a ameba sequer se incomodaria de evoluir para criaturas "mais avançadas" tais como o dodô e os dinossauros, uma vez que estas vieram a ser extintas, enquanto que a ameba ainda está por ai? 

- Com quem cruzou a primeira célula capaz de se reproduzir? 

- O que surgiu primeiro: o sistema digestivo; a comida a ser digerida; o conhecimento da necessidade de alimento; a habilidade de achar alimento; o saber o que é alimento, o que consumir e de que forma consumir; os sucos gástricos; ou a habilidade do corpo em não ser destruído pelos mesmos ácidos que digerem o seu alimento? 

- Como as baleias sabem nascer propositadamente diferentes dos demais mamíferos, com a cauda saindo primeiro, sendo ejetadas velozmente, e nadando celeremente para a superfície, bem próxima, para não serem afogadas durante o parto? Mamíferos nascem na posição "cabeça primeiro". Por acaso todas as baleias bebês se afogaram até a evolução descobrir que baleias não podiam nascer da mesma forma que os demais mamíferos? Lembre, elas teriam menos do que uma geração para fazer a devida correção evolutiva, pois uma geração de baleias afogadas teria causado a extinção da espécie.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Alguém disse #007

Jamais existiu sistema de pensamento mais consistente do que o cristão. Sua beleza transcende todas as palavras, porque possui aquela qualidade que nenhum outro sistema de pensamento tem completamente – é possível partir do início e levar tudo até o fim. É simples assim. E cada parte e aspecto deste sistema pode ser relacionado desde o começo.

(SCHAEFFER, Francis A. O Deus que intervém. Editora Cultura Cristã, 2002 – p. 235)

sábado, 29 de maio de 2010

Lí, gostei e recomendo #018 >>> Darwin no banco dos réus

Phillip Johnson, graduado em Harvard e na Universidade de Chicago, tem dado uma bela dor de cabeça aos darwinistas ao argumentar que a teoria da evolução não tem base em fatos, mas na fé no naturalismo filosófico. Abaixo segue pequeno trecho do livro “Darwin no banco dos réus” (Editora Cultura Cristã):


A dificuldade básica em explicar como a vida poderia ter começado é que todos os organismos vivos são extremamente complexos, e a seleção darwinista (seleção natural) não pode realizar a formação (de vida) nem mesmo teoricamente até que organismos já existam e sejam capazes de reproduzir suas espécies... O organismo mais simples capaz de vida independente, a célula bacteriana procariota, é uma obra-prima de complexidade miniatuarizada que faz uma espaçonave parecer bem inferior tecnologicamente. Mesmo que alguém suponha que algo muito mais simples do que uma célula bacteriana possa ser capaz de iniciar a evolução darwinista – uma macromolécula de DNA ou RNA, por exemplo –, a possibilidade de que tal entidade complexa possa se auto-organizar por acaso é ainda fantasticamente improvável, mesmo que bilhões de anos fossem disponíveis.

... Nos organismos contemporâneos, o DNA, o RNA e as proteínas são mutuamente interdependentes, com o DNA dirigindo a síntese das proteínas, e as proteínas executando o trabalho químico necessário da célula. Um cenário evolutivo deve supor que esse sistema complexo evoluiu de um predecessor muito mais simples, primeiro empregando, provavelmente, apenas um dos três maiores constituintes. O que veio primeiro, os ácidos (DNA ou RNA) ou as proteínas? E como a primeira molécula viva funcionou e evoluiu na ausência das outras? Essas questões definem a agenda para o campo da evolução química, em que diversos cenários competem por atenção... Há uma concordância geral de que nenhuma teoria tem obtido qualquer confirmação experimental substancial.

... Praticamente todos (os darwinistas) enfatizam a aparência de design e propósito, a complexidade imensa da célula mais simples, e a aparente necessidade de muitos componentes complexos funcionando juntos para sustentar a vida. Todos usam um vocabulário de comunicação inteligente para descrever a síntese da proteína: mensagens, instruções programadas, linguagens, informação, codificação, decodificação, e bilbiotecas. Por que não considerar a possibilidade de que a vida é o que tão evidentemente parece ser, o produto de uma inteligência criadora?... O que os cientistas perderiam não é um programa de pesquisas inspirador, mas a ilusão do “domínio total exercido pela natureza”. Teriam de enfrentar a possibilidade de que além do mundo natural há uma realidade mais além que transcende a ciência. Todavia, encarar essa possibilidade é absolutamente inaceitável...



*Ricardo - Blog “Pés Sobre os Montes” - comenta:

Você teve notícia de que foi conseguido agora em 2010 a finalização, após 15 anos, da construção, com apoio computacional, do cromossoma de uma bactéria unicelular, sendo este introduzido em uma célula bacteriana sem cromossoma? Foram anos, foram alguns milhões de dólares, para esse notável e meritoso feito científico. O quanto adicionalmente seria preciso para se ter ainda as outras estruturas e componentes dessa célula microscópica: sua membrana, seu citoplasma, e etc? Pois é, foi preciso muita inteligência dos cientistas, amplo conhecimento adquirido por várias gerações, muito empenho pessoal, e grande aplicação de recursos financeiros. Fica difícil crer que a vida, com toda essa complexidade expressa em apenas uma minúscula célula, tenha surgido expontâneamente, ou tenha sido auto-criada... é preciso fé, muita fé. Conhecendo a complexidade revelada pela ciência, fica mais fácil crer que o que vemos é resultado da criação da vida por um Ser inteligente e poderoso. Abençoada inteligência humana, bendita ciência!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lí, gostei e recomendo #017 >>> A Era dos Sonhos Frustados

Sixto IV comprou o papado (em 1471), fazendo-se eleger com base em promessa e presentes que fez aos cardeais. Durante o seu pontificado o nepotismo e a corrupção alcançaram níveis nunca vistos no papado. A essência de sua política consistiu em enriquecer sua família, em particular seus cinco sobrinhos...Para manter esta política, e a pompa de seus sobrinhos, ele impôs a todos os territórios papais o monopólio do trigo. O melhor grão era vendido para encher as arcas papais, e o povo somente recebia o pão de pior qualidade. Mas apesar de tudo isto a posteridade conhece Sixto IV como o mecenas que mandou construir a Capela Sixtina, chamada assim em sua honra.

O papa Inocêncio VIII foi eleito (em 1484)  depois de ter jurado pelo que havia de mais sagrado  de que respeitaria os direitos dos outros cardeais, que não nomearia mais do que um da sua família, e que poria a sé romana em ordem. Mas assim que se viu de posse da tiara papal ele declarou que o poder do papa era supremo, e que por isto não precisava se sujeitar a nenhuma promessa, principalmente quando feita sob alguma pressão. Ele foi o primeiro papa a reconhecer publicamente seus vários filhos ilegítimos, que cumulou de honras e riquezas. A venda de indulgências se transformou em um negócio vergonhoso sob a administração e a serviço de um dos filhos do papa... Inocêncio quis livrar a cristandade de bruxas através de uma bula cujo resultado foi a morte de centenas de  mulheres cujo único crime era serem impopulares, ou talvez um pouco excêntricas.


*  Extraído de "A Era dos Sonhos Frustados", Vol. 5 de "E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo", de autoria de Justo L. Gonzales, Editora Vida Nova.

sábado, 8 de maio de 2010

Alguém disse #006

GUERRAS RELIGIOSAS: QUAL A SUA CAUSA?

"As igrejas evangélicas que apoiam o ecumenismo dizem que fazem isso em nome da paz, do diálogo e aceitação das diferenças. O mundo vive em guerra e o ecumenismo é a resposta para que o mundo tenha paz. O senhor concorda com essas afirmações?"

Eu não sou ecumênico. Nunca senti atração pela ideia de se negociar a verdade em nome da unidade. Como se houvesse uma oposição entre amor e verdade.

Podemos amar ao próximo e discordar dele. É possível mantermos ao mesmo tempo a fidelidade à verdade e a fidelidade ao amor. Posso discordar da religião de alguém e me ver ao seu lado numa manifestação pela defesa dos direitos humanos. Posso dizer que um certo pregador ensina o erro e garantir-lhe o direito constitucional de dizer o que pensa.

A verdade não tem que necessariamente dividir. Pode gerar divisão na hora de admitir alguém na igreja, mas não gerar divisão na hora de admitir alguém na sociedade. Pode significar não receber na comunhão da igreja alguém que professa fé em algo oposto ao cristianismo, mas pode significar receber alguém que professa fé em algo oposto ao cristianismo na relação fraterna da sociedade civil.

As guerras religiosas nunca tiveram como motivo a firme adesão a um ponto de vista teológico qualquer, uma vez que elas são causadas pela incapacidade de se permitir que pessoas pensem de modo diferente; pelo bloqueio emocional que impede que um se aproxime do outro, procurando entender a razão de ser do pensamento daquele que adota um ponto de vista doutrinário contrário; pela tentativa de deter o erro com canhão, em vez do diálogo e ensino; e pelo desamor, que nos faz -em nome da verdade- fazer aquilo que é contrário a ela mesma, pois a verdade nos ensina a amar.

* Postado por Antonio Carlos Costa no Blog Palavra Plena, em 20-04-2010.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Rio onde Jesus teria sido batizado pode secar até 2011


Leia a notícia abaixo, e tenha em mente as palavras de Jesus em Mateus 24:35 -
"Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão."
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Deu no JB Online - 03/05/2010 - Ciência e Tecnologia

Rio onde Jesus teria sido batizado pode secar até 2011

ORIENTE MÉDIO - Ambientalistas afirmaram nesta segunda-feira que o rio Jordão, onde os cristãos acreditam que Jesus foi batizado, está tão poluído que pode morrer no final do próximo ano a menos que que seja revitalizado. Segundo a organização Amigos da Terra, Oriente Médio (FoEME, na sigla em inglês), o famoso rio foi reduzido a um "fio" de água ao sul do mar da Galileia, devido à superexploração, poluição e ausência da administração pública. As informações são do Discovery News.

Segundo os ambientalistas, mais de 98% do rio foi desviado por Israel, Síria e Jordânia ao longo dos anos. "O fluxo remanescente consiste principalmente de esgoto, peixes, água, resíduos da agricultura e água salina", diz o grupo.

O rio tem 217 km do mar da Galileia ao mar Morto e passa por Israel, Jordânia, Síria e Cisjordânia. "Isto é o que é hoje a fonte do baixo rio Jordão", diz o diretor da FoEME para Israel, Gidon Bromberg, ao apontar para um cano que joga esgoto na água. "Ninguém pode dizer que isto é água sagrada. Ninguém pode dizer que é aceitável este estado para um rio com essa fama", diz.

A cerca de 100 quilômetros do local onde a organização fez o anúncio fica o local onde acredita-se que Jesus foi batizado. Todo o ano, milhares de turistas costumas se banhar ali, apesar da alta poluição do local.

A reportagem afirma que as comunidades israelenses, jordanianas e palestinas que vivem ao longo do rio - cerca de 340 mil pessoas - jogam esgoto não tratado em suas águas. Ironicamente, parar de jogar o esgoto no rio - como planejado por Israel - pode ser ainda pior, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir sua salinidade. Segundo a organização, a solução está em jogar grandes quantidades de água limpa no rio, cerca de 400 milhões de m³.

O rio Jordão já foi responsável por liberar 1,3 bilhão de m³ de água por ano no mar, mas agora descarta algo estimado entre 20 milhões e 30 milhões de m³ por ano. "Um novo estudo que nos patrocinamos revela que nós perdemos pelo menos 50% da biodiversidade dentro e ao redor do rio por causa do desvio quase total de água fresca", diz Munqeth Mehyar, diretor do FoEME para a Jordânia.

Segundo a organização, uma melhor administração do saneamento básico pode salvar 517 milhões de m³ de água por ano para Israel e 305 milhões de m³ para a Jordânia, que poderiam ser redirecionados para salvar o rio. Os benefícios poderiam ser sentidos ainda no mar Morto, que está secando.

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Ricardo comenta:

A degradação da criação é algo inquestionável. Ela também já atinge locais de grande relevância nas histórias narradas pelas Escrituras Sagradas. A responsabilidade humana não pode ser desprezada. A humanidade, e suas diferentes sociedades e culturas, têm igualmente falhado na mordomia da criação. Soluções são obviamente bem-vindas e precisam considerar não só aspectos ambientais, mas igualmente os fatores sociais e econômicos, para que assim garantam a desejada sustentabilidade, hoje tão falada.

Para o cristão genuíno, ainda que as sociedades humanas venham a falhar, não adotando uma postura mais ética e mais sábia em relação ao mundo criado como um todo, resta uma esperança: Trata-se das promessas d'Aquele que tudo sustenta pela palavra do Seu poder! Ele prometeu um planeta restaurado - uma efetiva recuperação de ambientes degradados (sejam terrestres, aquáticos ou atmosféricos). Jesus Cristo uma vez disse: Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Sim, Sua promessa Ele cumprirá!

sábado, 1 de maio de 2010

Alguém disse #005


Marina Silva em entrevista à revista "Cristianismo Hoje", em dezembro de 2009:

"O Estado laico não é crente, nem ateu, nem agnóstico. É o Estado laico que assegura que eu tenha uma fé e que, em função da minha fé, eu não venha sofrer nenhum tipo de sanção. Que eu possa vivê-la nos diferentes espaços: no meu trabalho, na minha casa, no mundo. O Estado laico não é só para proteger os não-crentes dos crentes, é também para proteger os crentes dos não-crentes e possibilitar que ambos sejam protegidos no espaço em que a alteridade possa ser realizada e vivenciada, sem que isso signifique que você tenha que viver uma “dupla personalidade”. As pessoas querem que você diga que a sua fé não tem nenhuma consequência. Obviamente tem. Mas, como diz a Bíblia, não é por força nem por violência que se convence as pessoas."

terça-feira, 27 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #016 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

Os ocidentais leigos se sentem incomodados pelas doutrinas cristãs sobre inferno, mas apreciam o ensinamento bíblico sobre oferecer a outra face e perdoar os inimigos.

...Nas sociedades tradicionais, o ensinamento sobre “oferecer a outra face” não faz sentido algum, indo de encontro às noções mais profundas do que é certo. Para estes a doutrina de um Deus juiz, porém não apresenta qualquer problema. Essa sociedade vê com repulsa os aspectos do Cristinanismo que os ocidentais apreciam e é atraída pelos aspectos que os ocidentais leigos não toleram.

...Por que a suscetibilidade cultural ocidental deve ser o foro decisivo para julgar a validade do Cristinanismo? ... Por que as objeções que sua cultura faz ao Cristianismo devem se impor sobre as de outra?

...Imaginemos, hipoteticamente, que o Cristianismo não seja o produto de qualquer cultura, mas, com efeito, a verdade transcultural de Deus. Nesse caso, seria de esperar que ele contradissesse e ofendesse toda e qualquer cultura em algum momento, pois as culturas humanas são mutáveis e imperfeitas. Se o Cristianismo fosse a verdade, teria que ser ofensivo e corretor de suas idéias em algum ponto. Talvez o ponto esteja aí, na doutrina cristã do juízo divino.

...Hoje muitos céticos dizem que são incapazes de acreditar no Deus da Bíblia, que castiga e julga os humanos, porque “acreditam num Deus de Amor”. Pergunto, agora, o que os faz pensar que Deus é Amor? Será que podem olhar para a vida do mundo atual e dizer: “Isto prova que o Deus do mundo é um Deus de Amor” ? Será que podem olhar para a História e dizer: “Tudo isso demonstra que o Deus da História é um Deus de Amor”? Será que podem ler os textos religiosos do mundo e concluir que Deus é um Deus de Amor?

...Sou forçado a concluir que a fonte da noção de que Deus é Amor seja a própria Bíblia. E a Bíblia nos diz que o Deus de Amor é também um Deus juíz que reparará tudo o que é mundano no final.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus.

domingo, 25 de abril de 2010

Um pouco de mim

Cresci feliz, família segura, amigos em piques e bolas, e a gente vendo Manda-Chuva, Zé Colmeia, Catatau, Pepe Legal, Babalu, Batman e Robin, mas também muito futebol.

Logo, logo era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones. Primeiros acordes na viola, a mpb, a escola clássica, o baixo elétrico na banda de rock - fusão de sons e sonhos!

A juventude segue em vida underground, lendo Hesse, Maciel, Rolling Stone e Flôr do Mal, enquanto no vinil na vitrola era Hendrix, Joplin, Dylan, Tropicália, progressive rock e jazz fusion.

De repente, uma luz - um encontro com Jesus, uma Jesusmania... graças a Deus - foi graça, super-abundante graça... arrependimento e fé... louvores ao Deus criador. Olhos novos visando o Eterno!!! Ouvindo novos sons... lendo as Escrituras... ampliando horizontes. Deixar a superfície, mergulhar pro fundo... um viver mais profundo.

Reconstrução: Um casamento, uma linda e valorosa esposa, a benção de filhos como plantas de oliveira a roda de nossa mesa. Uma profissão, uma missão, pós-graduação, a ciência, o meio-ambiente em questão - a vida segue. Aleluia!

A vida é como um sopro... O maior aprendizado nesta vida: Descansar na boa, perfeita e agradável vontade do Deus vivo e soberano.

sábado, 24 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #015 >>> "Romanos", de João Calvino


Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa, mas onde abundou o pecado, superabundou a graça. (Romanos 5:20)

A graça se plenificou infinitamente. A graça veio em auxílio do genêro humano depois que o pecado subjugou a todos, e a todos manteve sob o seu domínio. Paulo, pois, nos ensina que a extensão da graça é ainda mais admiravelmente revelada, visto ser derramada mui copiosamente à medida que o pecado permeia tudo, não só para conter a avalanche do pecado, mas também para que ela o destrua completamente. Aprendemos deste fato que a nossa condenação não nos é exibida pela lei com o propósito de fazer-nos continuar nele, mas com o fim de familiarizar-nos intimamente com a nossa própria miséria, bem como para guiar-nos a Cristo, o qual nos foi enviado como Médico ao encontro de nossa enfermidade; como Libertador, ao encontro de cativos; como Consolador ao encontro de aflitos; e como Defensor, ao encontro de oprimidos (Isaías 61:1).

* Extraído do livro "Romanos", de João Calvino, Edições Parakletos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #014 >>> Santificados mediante a verdade


Temos a tendência de descrever a santificação como vida vitoriosa porque pensamos nela em termos de libertar-nos de pecados particulares. "Como poderei ter vitória sobre este pecado? Como conseguirei ter vitória em minha vida?" De novo, vejam vocês, estou começando de mim mesmo - eu quero vitória. Mas a Bíblia descreve a santificação em termos de minha relação com Deus. Quantas vezes vocês ouvem a palavra "santidade" empregada atualmente? Quantas vezes vocês ouvem a descrição de homens como "tementes a Deus"? Essas expressões são bíblicas; até relativamente pouco tempo atrás eram as grandes expressões evangélicas. Contudo, toda a perspectiva mudou. Tornamo-nos subjetivos, e sugiro-lhes, que nessa proporção, tornamo-nos anti-escriturísticos.

* Extraído do livro "Santificados mediante a verdade", de D. Martyn Lloyd Jones, Editora PES.

Lí, gostei e recomendo #013 >>> Deus e Cosmos

Foi apenas nos últimos 70 anos que pudemos observar as galáxias muito distantes. E pode muito bem ser que aquilo que presentemente observamos seja apenas uma pequena fração do universo integral... Conclusões a respeito do universo integral, requer que adotemos premissas ou pressuposições teóricas... como, por exemplo, o Big Bang... Como podemos esperar acertar a teoria correta?... A origem das teorias tem sido considerada na atualidade como amplamente subjetiva… “A transição de dados para teoria requer imaginação criativa. Hipóteses e teorias científicas não são derivadas de fatos observados, mas são inventadas para explicar ou justificar dados” (Hempel)… É como se as teorias ao invés de ser-nos dadas pela natureza, são impostas por nós sobre a natureza, elas não são resultado do pensamento racional tanto como criações de nossa intuição irracional…
Uma teoria favorita, como é o caso do Big Bang, pode ser sempre preservada da refutação observacional, através de adequadas adaptações da mesma... Hoje todos os modelos cosmológicos são refutados por observações... Falta critério que possa permitir separar teorias verdadeiras de falsas... No íntimo, não conseguimos evitar sermos de alguma forma guiados por fatores religiosos e filosóficos em nossa avaliação e seleção de teorias... Para minimizar distorções indevidas e tendências, nossas premissas e critérios devem pelo menos ser declaradas abertamente... A história da ciência está repleto de exemplos de teorias científicas que foram uma vez sustentadas como verdades indubitáveis, as quais depois foram descartadas como falsas... O problema do conhecimento científico é que não há um critério justificável para a constatação de teorias verdadeiras... Nossa teorias determinam que aspectos da realidade serão observadas... Contudo, podemos aceitar como fatos científicos apenas os dados realmente observados... Se os “fatos” científicos forem restritos à observação direta, então pouco conflito real subsiste entre a Bíblia e o conhecimento científico... As colisões ou conflitos acontecem primordialmente entre a Bíblia e a “teorização científica”.

* Extraído do livro Deus e Cosmos, de John Byl, PhD em Astronomia pela University of British Columbia. Editora PES, 2003.

Alguém disse #004


"Cada vez que eu tomo um avião a jato e passo uma vista pelo complexo painel da cabina do piloto, penso na ave marinha do Ártico. Esta ave cresce na desolada região do extremo norte, depois voa durante oito meses, cruzando milhares de milhas do oceano, para alcançar o seu destino, próximo à margem do gélido Pico da Antártica. Logo em seguida, ela regressa ao seu local de origem. Ela percorre mais de vinte mil milhas, durante o seu tempo de vida. O instinto é o painel de instrumento em seu minúsculo cérebro e o seu sistema de orientação, uma capacidade que nenhum processo evolucionário poderia desenvolver, nem homem algum explicar."

Dave Hunt em “Cosmos, Creator and Human Destiny”, Parte 1, jan/2010.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #012 >>> Como tudo começou: uma introdução ao Criacionismo

QUESTIONE OS PARADIGMAS! REVEJA SEUS CONCEITOS!

Será que somos o resultado de um caldo primordial, que poderia ter existido a bilhões de anos atrás?
Será que o Universo, que possui mais estrelas do que todos os grãos de areia de todas as praias e de todos os desertos da Terra, com toda a sua beleza exuberante e leis precisas, teria sido fruto de um acidente cósmico?
Ao nos depararmos com a complexidade do código genético (DNA), contendo mais de 3 bilhões de letras perfeitamente organizadas, altamente codificado e eficientemente armazenado, capaz de criar sistemas com tamanha complexidade e planejamento, como o corpo humano, seria concebível aceitar que tal codificação teria sido apenas fruto do acaso?

* Extraído e adaptado do livro "Como tudo começou: uma introdução ao Criacionismo", de Adauto Lourenço, Editora Fiel, 2007.

Lí, gostei e recomendo #011

Tive amigos que eram membros de uma igreja cujo pastor eu desconfiava que fosse incrédulo. Perguntando a eles como eram as pregações, descobri que o problema não era o que o pastor dizia, mas o que ele deixava de dizer, os temas que ele evitava, os assuntos que nunca mencionava, como a ressurreição de Cristo, a infalibilidade das Escrituras, a veracidade e confiabilidade da narrativa bíblica, o poder do Espírito para regenerar a natureza humana pecaminosa, a morte vicária de Cristo, a realidade da tentação e a necessidade de resisti-la. Era assim que ele aprendeu a sobreviver, evitando matérias de fé e pregando aquilo que um rabino, um mestre espírita ou líder muçulmano também pregaria, como a honestidade, o amor ao próximo e a necessidade de votar a favor do desarmamento.


Meu filho de 16 anos leu o draft deste post. “Papai, por que alguém gostaria de ser pastor se não tem fé? Não tem uma maneira mais fácil dele ganhar dinheiro?”. Pois é, pior é que não tem.

* por Augustus Nicodemos extraído de "olharreformado.wordpress.com".

Alguém disse #003


“Se queremos conhecimento espiritual e salvífico, devemos nos dedicar muito a leitura das Escrituras. Elas são o meio pelo qual Deus comunica esse conhecimento. A menos que diligentemente e frequentemente leiamos as Escrituras, não podemos esperar ser iluminados, exceto se pudermos esperar que Deus age sem propósito, o que é algo completamente ilógico.”

(Jonathan Edwards, "A Spiritual Understanding of Divine Things Denied to the Unregenerate", The Works of Jonathan Edwards vol. 14, ed. Kenneth P. Minkema (New Haven, CT: Yale University Press), 1994.

Lí, gostei e recomendo #010 >>> Santificados Mediante a Verdade


"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (I Cor.15:33)
Você não pode crer numa coisa errada e ainda ter uma vida correta, diz Paulo. A sua conduta é determinada por aquilo em que você crê, e assim as más conversações, os maus ensinos, as más crenças vão corromper sua conduta...

As pessoas... de Corinto... pretendiam ser cristãs, elas diziam que pregavam Cristo. Sim, mas negavam Sua ressurreição literal, física, e contudo se diziam cristãs... O homem leviano na doutrina eventualmente se torna leviano também em sua vida e em sua conduta.

* Extraído do livro "Santificados Mediante a Verdade", de D. Martyn Lloyd Jones, Editora PES.

Lí, gostei e recomendo #009 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

O pecado é a recusa desesperada de encontrar nossa profunda identidade no relacionamento com Deus e no serviço a Ele... Os seres humanos foram criados não só para crer em Deus de alguma forma geral, mas para amá-Lo sobre todas as coisas, para centrar suas vidas nEle acima de tudo e para construir suas próprias identidades a partir dEle. Qualquer alternativa constitui pecado.

...Podemos categorizar vários “substitutos para deus” e os tipos específicos de desalento e de danos que cada um deles provoca em uma vida. Assim, podemos identificar o seguinte:
- Se centrar sua vida e identidade em seu cônjugue ou parceiro: você ficará emocionalmente dependente, ciumento e controlador. Os problemas do outro serão acapachantes para você.
- Se centrar sua vida e identidade em sua família e filhos: você tentará viver a vida através dos filhos até que eles se ressintam de você ou percam de todo a própria identidade. Na pior hipótese, talvez seja capaz de maltratá-los quando eles o desgostarem.
- Se centrar sua vida e identidade no trabalho e na carreira: você se tornará um viciado em trabalho, além de uma pessoa chata e vazia. Na pior das hipóteses, perderá a família e os amigos e, caso a carreira vá mal, acabará desenvolvendo profunda depressão.
- Se centrar sua vida e identidade no dinheiro e posses: será devastado pela preocupação com dinheiro e pela avareza. Estará disposto a agir de maneira antiética para manter o estilo de vida que tem, o que acabará por dinamitar a sua vida.
- Se centrar sua vida e identidade no prazer, na gratificação e no conforto: irá se descobrir viciado em alguma coisa. Acabará ficando escravo de suas “estratégias de fuga”, por meio das quais evita as dificuldades da vida.
- Se centrar sua vida e identidade nos relacionamentos e na aprovação: sentir-se-á constantemente demasiado ferido pelas críticas e, assim, estará sempre perdendo amigos. Terá medo de confrontar os outros e, assim, acabará se tornando um amigo inútil.
- Se centrar sua vida e identidade em uma “causa nobre”: você dividirá o mundo em “bom” e “mau” e demonizará seus oponentes. Ironicamente, será sempre controlado por seus inimigos. Sem eles, você não terá objetivo.
- Se centrar sua vida e identidade na religião e na moral: se satisfizer seus padrões morais, você se tornará orgulhoso, arrogante e cruel. Se não satisfizer seus próprios padrões, a culpa consequente irá devastá-lo.

O pecado não significa apenas fazer coisas ruins, mas pôr coisas boas no lugar de Deus. Assim, a única solução não é meramente mudar nosso comportamento, mas, sim, reorientar e centrar o coração e a vida por inteiro em Deus... Lembre-se – se você não viver para Jesus, viverá para alguma outra coisa.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, escrito por Timothy Keller, Editora Campus.

domingo, 18 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #008 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas


"Todas as grandes religiões são igualmente válidas e ensinam basicamente a mesma coisa."

Essa afirmativa é tão comum que um jornalista escreveu recentemente que qualquer um que acredite que “existem religiões inferiores” é um extremista de direita. Será que queremos realmente dizer que a seita Branch Davidians ou religiões que exigem sacrifícios de crianças não são inferiores a outras? A grande maioria com certeza diria que são, sim.

Quase todo mundo que defende a semelhança das religiões tem em mente as grandes, e não as seitas dissidentes. Foi assim que um aluno participante do seminário do qual falei formulou um argumento. Ele defendeu que as diferenças doutrinárias entre o Judaísmo, o Islamismo, o Cristianismo, o Budismo e o Hinduísmo são superficiais e insignificantes, que todas crêem no mesmo Deus. No entanto, quando lhe perguntei quem era esse Deus, ele o descreveu como um Espírito amantíssimo no universo. O problema com tal postura é a incoerência. Ao mesmo tempo em que ela afirma que a doutrina é irrelevante, advoga crenças doutrinárias sobre a natureza de Deus que vão totalmente de encontro às de todas as grandes religiões.

O Budismo não crê absolutamente em Deus. O Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo acreditam em um Deus que responsabiliza os humanos por suas crenças e práticas e cujos atributos não podem se resumir todos a amor. Ironicamente, a insistência quanto à irrelevância das doutrinas já é, em si, uma doutrina. Ela tem uma visão específica de Deus, que é apregoada como superior e mais esclarecida do que as crenças da maioria das grandes religiões. Assim, os defensores dessa visão fazem exatamente aquilo que proíbem os outros de fazer.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus.

sábado, 17 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #007 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

Supomos que nós, indivíduos modernos, encaramos com ceticismo afirmações de uma ressurreição corpórea, enquanto os antigos, cheios de credulidade quanto ao sobrenatural, teriam imediatamente comprado a idéia. Não é o caso. Para todas as visões de mundo predominantes na época, uma ressurreição corpórea era inconcebível...


Centenas de judeus começaram a adorar Jesus literalmente da noite para o dia. É amplamente reconhecido que o hino a Cristo que Paulo menciona em 2 Filipenses foi escrito apenas poucos anos após a crucificação. Que acontecimento portentoso terá derrubado toda essa resistência judaica? A visão de Jesus ressuscitado explicaria isso. Que outra resposta histórica o faria?…

Praticamente todos os apóstolos e todos os primeiros líderes cristãos morreram por causa da fé, e fica difícil acreditar que esse tipo de auto-sacrifício de peso seria feito para sustentar uma mentira...

O cético precisa responder todas estas perguntas históricas: Por que o Cristianismo surgiu tão repentinamente? Nenhum outro grupo de seguidores messiânicos jamais conclui que seu líder ressuscitou dos mortos – e por que este grupo o fez? Nenhum grupo de judeus jamais adorou um ser humano como se fosse Deus. O que levou esse grupo a agir assim? Os judeus não acreditavam em homens divinos nem em ressurreições individuais. Como explicar as centenas de testemunhas oculares da ressurreição que continuaram vivas durante décadas e publicamente sustentaram seu testemunho, as vezes dando a vida pela própria crença?

* Extraído do livro "A fé numa era de ceticismo", de Timothy Keller, editora Campus.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #006 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

Estou ciente de que o principal problema de muita gente com o Cristianismo tem muito mais a ver com a Igreja do que com Jesus. Essas pessoas não querem ouvir que, para ser um cristão e levar uma vida cristã, precisam encontrar uma igreja para florescer. Já passaram por muitas experiências ruins com igrejas. Entendo perfeitamente. Admito que, no todo, os cristãos praticantes talvez sejam mais fracos psicológica e moralmente do que os não-praticantes. Isso não deveria causar mais surpresa do que o fato de que os clientes que aguardam na sala de espera de um consultório médico, como um todo, estejam mais doentes do que os que lá não estão. As igrejas atraem, por princípio, uma proporção maior de gente carente, mas também reúnem um grande número de indivíduos cujas vidas foram totalmente viradas do avesso e preenchidas com a alegria de Cristo.


A igreja de Cristo, assim, lembra o oceano. É enorme e diversificada. É como o oceano, onde há pontos cálidos e cristalinos e ponto gélidos, lugares onde se pode entrar facilmente sem correr perigo e lugares onde rapidamente seremos engolidos e mortos. Estou ciente do quanto é arriscado dizer a meus leitores que eles devem buscar uma igreja. Não o faço levianamente e recomendo que tomem o maior cuidado. Mas não existe alternativa. Não é possível levar uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma família de fiéis dentro da qual você encontre seu lugar.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Alguém disse #002


Essa é a curiosa marca de nossa era:
O único absoluto permitido é a insistência absoluta de que não há nada absoluto.

(Francis Schaeffer)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Alguém disse #001


C.S.Lewis diz que não devemos crer no cristianismo apenas porque é relevante ou excitante, ou por nos trazer satisfação pessoal. Creia porque é verdadeiro. E se é verdadeiro, eventualmente será relevante, excitante e trará satisfação pessoal. Mas haverá momentos em que não será relevante, excitante e satisfatório. Ser cristão será algo muito difícil. Então, a não ser que você venha ao Evangelho simplesmente porque é realmente a verdade, você não viverá a vida cristã e não experimentará a sua relevância e muitas outras coisas.

* Extraído de entrevista de Tim Keller à Christianity Today, 2008.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #005 >>> Por que acreditar na Bíblia?









Numa manhã de outubro de 1536 no castelo Vilvorde, em Bruxelas, um prisioneiro após 18 meses de confinamento em uma cela escura, fétida e infestada de ratos e insetos, foi estrangulado pendurado numa cruz e lançado no fogo.

Seu nome? William Tyndale.
Seu crime? Ele traduziu um livro do hebraico e grego para o inglês.
Que livro? A Bíblia.

* Extraído do livro "Por que acreditar na Bíblia?", de John Blanchard, Editora Fiel.

Lí, gostei e recomendo #004 >>> Seguros mesmo no mundo


É o que eu diria que é o método de Demas – “Demas me desamparou, amando o presente século” (II Tim. 4:10). O mundo não se preocupa muito sobre como ataca os seguidores de Cristo. Se por lançá-los à prisão pode tirá-los de Cristo, ele o fará, porém se isso não funcionar, tentará algum outro método. “Demas me desamparou” – o amor pela comodidade, o amor pelas coisas do mundo, sua riqueza, sua posição, sua chamada pompa, a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida – quantos homens bons foram arruinados por tal coisa! A prosperidade pode ser muito perigosa para a alma, e o mundo está preparado para fazer uso dela. Se a oposição direta não funcionar, ele nos minará, ele agitará essas coisas diante de nós e assim tentará afastar-nos de Cristo. Portanto, não é de admirar que Jesus tenha orado ao Pai rogando-Lhe que nos guarde em Seu nome (João 17:11-15).

* Extraído do livro “Seguros mesmo no mundo – de Martyn Lloyd-Jones, Editora PES” (Um sermão pregado no início da década de 1950).

domingo, 11 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #003 >>> A Criação Redimida


“Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gen. 1:28)

... O termo “sujeitar” é aparentemente a instrução de Deus a Adão para continuar a cuidar do que Deus criou de acordo com seus meios e propósitos... O primeiro ato de Adão em relação à sujeição da criação a ele foi dar nomes aos animais...

Devemos examinar o que pode significar (o termo “dominar”) para Deus... “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo”... Aos olhos de Deus, aquele que governa é aquele que serve.

Portanto, os homens são chamados para governar e sujeitar a criação servindo-a... (Temos) um chamado a aceitar nosso lugar na criação, como seus servos e protetores... Pertencemos à criação e somos parte dela, mas também temos nela um lugar especial. E devemos, ao aceitar esse lugar, aceitar as responsabilidades que vêm com ele.

* Extraído do livro “A Criação Redimida”, de Fred Van Dyke, David C. Mahan, Joseph K. Sheldon, e Raymond H. Brand, Editora Cultura Cristã.

Lí, gostei e recomendo #002 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas



Se Deus não existe, não há como dizer que um ato seja “moral” e outro, “imoral”, mas apenas “este me agrada”. Se é assim, quem goza do direito de transformar em lei os próprios sentimentos subjetivos e arbitrários? Talvez você argumente que “a maioria tem o direito de fazer a lei”, mas será que com isso estará querendo dizer que a maioria tem o direito de votar para exterminar a minoria? Se sua resposta for “não, isso está errado”, você voltará a estaca zero. “Quem foi que disse” que a maioria tem obrigação moral de não matar a minoria? Por que suas convicções morais seriam obrigatórias para os que se opõem a elas? Por que sua visão deve prevalecer sobre a vontade da maioria? ...



... Se Deus não existe, todas as declarações morais são arbitrárias, todas as avaliações morais são subjetivas e internas, e não pode haver um padrão moral externo segundo o qual sejam julgados os sentimentos e valores de alguém...



... A natureza é totalmente regida por um princípio central – a violência dos fortes contra os fracos... No entanto, inescapavelmente, acreditamos ser errado que indivíduos ou grupos humanos mais fortes matem os mais fracos. Se a violência é totalmente natural, por que considerar errado que humanos fortes passem por cima dos fracos? Não há base moral, a menos que defendamos que a natureza, em certo sentido, é antinatural. Não podemos saber que a natureza é de alguma forma imperfeita, a menos que exista algum padrão sobrenatural de normalidade além da natureza pelo qual sejamos capazes de julgar o certo e o errado. Isso significa que é preciso haver céu ou Deus ou algum tipo de ordem divina apartada da natureza a fim de possibilitar tal julgamento...



... Só existe uma saída para esse enigma. Podemos ver os relatos da Bíblia e ver se eles explicam melhor nosso senso moral do que uma visão laica. Se o mundo foi criado por um Deus de paz, justiça e amor, é por isso, então, que sabemos que a violência, opressão e ódio são errados...



... Não tentei provar a existência de Deus para você. Meu objetivo foi lhe mostrar que você já sabe que Deus existe. Até certo ponto, venho tratando da inexistência de Deus como um problema intelectual, mas há muito mais em jogo. Não apenas isso torna sem sentido todas as escolhas morais, como também retira o significado da vida....



... Todos vivemos como se fosse melhor buscar a paz em vez da guerra, falar a verdade em vez de mentir, cuidar e nutrir em lugar de destruir. Acreditamos que tais escolhas não sejam sem sentido, que a maneira que escolhemos viver importa. No entanto, se o Juiz Cósmico está de fato ausente, “quem disse” que uma escolha é melhor que outra? ... No final não fará a mínima diferença se somos bondosos ou cruéis...



... Podemos nos apegar à crença intelectual na ausência de um Juiz e, ainda assim, viver como se as escolhas importassem ou houvesse diferença entre amor e crueldade... Gozamos do bônus de ter um Deus sem o ônus de precisar segui-lo. Mas não há integridade nisso...



... A outra opção é reconhecer que você sabe que Deus existe. Você é capaz de aceitar o fato de que vive como se a beleza e o amor tivessem significado, como se houvesse significado para a vida, como se os humanos possuíssem uma dignidade inerente – tudo porque sabe que Deus existe. É desonesto viver como se ele existisse mas negar-se a reconhecer aquele que lhe deu todas essas bênçãos.



* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus/Elsevier.

Lí, gostei e recomendo #001 >>> Seguros Mesmo no Mundo


Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos” (O Senhor Jesus em oração - João 17:13)

O cristão foi destinado a ser uma pessoa alegre, a experimentar a alegria da salvação. Não há como questionar isso; é algo ensinado em toda parte no Novo Testamento, e por isso é nosso dever, como cristãos, ter esta alegria e encher-nos dela. E não devemos dar descanso a nós mesmos, nem descanso nem paz, enquanto não a vivermos... Há algumas pessoas, bem sei, que reagem de tal modo contra o tipo falso e carnal de alegria que se privam da alegria verdadeira. Mas o oposto da alegria sensual e carnal não é ser miserável e infeliz. É ter a alegria verdadeira, a alegria do Senhor Jesus Cristo... A verdadeira alegria não é uma coisa assumida, é, antes, uma experiência ocorrida nas profundezas do ser. Portanto, não é algo que você tenta produzir, e sim algo que você é, que se manifesta em sua vida porque você é o que é... Essa é a alegria verdadeira. Essa alegria está acima das circunstâncias, dos acidentes, e do acaso; é independente dessas coisas; é independente delas todas, como era a alegria de Cristo... Ele nos disse que nada nem ninguém poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. São as pessoas que crêem em coisas como essas que sabem o que é esta alegria.

* Extraído do capítulo 9 do livro "Seguros Mesmo no Mundo', de Martyn Lloyd-Jones, Editora PES.