terça-feira, 27 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #016 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

Os ocidentais leigos se sentem incomodados pelas doutrinas cristãs sobre inferno, mas apreciam o ensinamento bíblico sobre oferecer a outra face e perdoar os inimigos.

...Nas sociedades tradicionais, o ensinamento sobre “oferecer a outra face” não faz sentido algum, indo de encontro às noções mais profundas do que é certo. Para estes a doutrina de um Deus juiz, porém não apresenta qualquer problema. Essa sociedade vê com repulsa os aspectos do Cristinanismo que os ocidentais apreciam e é atraída pelos aspectos que os ocidentais leigos não toleram.

...Por que a suscetibilidade cultural ocidental deve ser o foro decisivo para julgar a validade do Cristinanismo? ... Por que as objeções que sua cultura faz ao Cristianismo devem se impor sobre as de outra?

...Imaginemos, hipoteticamente, que o Cristianismo não seja o produto de qualquer cultura, mas, com efeito, a verdade transcultural de Deus. Nesse caso, seria de esperar que ele contradissesse e ofendesse toda e qualquer cultura em algum momento, pois as culturas humanas são mutáveis e imperfeitas. Se o Cristianismo fosse a verdade, teria que ser ofensivo e corretor de suas idéias em algum ponto. Talvez o ponto esteja aí, na doutrina cristã do juízo divino.

...Hoje muitos céticos dizem que são incapazes de acreditar no Deus da Bíblia, que castiga e julga os humanos, porque “acreditam num Deus de Amor”. Pergunto, agora, o que os faz pensar que Deus é Amor? Será que podem olhar para a vida do mundo atual e dizer: “Isto prova que o Deus do mundo é um Deus de Amor” ? Será que podem olhar para a História e dizer: “Tudo isso demonstra que o Deus da História é um Deus de Amor”? Será que podem ler os textos religiosos do mundo e concluir que Deus é um Deus de Amor?

...Sou forçado a concluir que a fonte da noção de que Deus é Amor seja a própria Bíblia. E a Bíblia nos diz que o Deus de Amor é também um Deus juíz que reparará tudo o que é mundano no final.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus.

domingo, 25 de abril de 2010

Um pouco de mim

Cresci feliz, família segura, amigos em piques e bolas, e a gente vendo Manda-Chuva, Zé Colmeia, Catatau, Pepe Legal, Babalu, Batman e Robin, mas também muito futebol.

Logo, logo era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones. Primeiros acordes na viola, a mpb, a escola clássica, o baixo elétrico na banda de rock - fusão de sons e sonhos!

A juventude segue em vida underground, lendo Hesse, Maciel, Rolling Stone e Flôr do Mal, enquanto no vinil na vitrola era Hendrix, Joplin, Dylan, Tropicália, progressive rock e jazz fusion.

De repente, uma luz - um encontro com Jesus, uma Jesusmania... graças a Deus - foi graça, super-abundante graça... arrependimento e fé... louvores ao Deus criador. Olhos novos visando o Eterno!!! Ouvindo novos sons... lendo as Escrituras... ampliando horizontes. Deixar a superfície, mergulhar pro fundo... um viver mais profundo.

Reconstrução: Um casamento, uma linda e valorosa esposa, a benção de filhos como plantas de oliveira a roda de nossa mesa. Uma profissão, uma missão, pós-graduação, a ciência, o meio-ambiente em questão - a vida segue. Aleluia!

A vida é como um sopro... O maior aprendizado nesta vida: Descansar na boa, perfeita e agradável vontade do Deus vivo e soberano.

sábado, 24 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #015 >>> "Romanos", de João Calvino


Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa, mas onde abundou o pecado, superabundou a graça. (Romanos 5:20)

A graça se plenificou infinitamente. A graça veio em auxílio do genêro humano depois que o pecado subjugou a todos, e a todos manteve sob o seu domínio. Paulo, pois, nos ensina que a extensão da graça é ainda mais admiravelmente revelada, visto ser derramada mui copiosamente à medida que o pecado permeia tudo, não só para conter a avalanche do pecado, mas também para que ela o destrua completamente. Aprendemos deste fato que a nossa condenação não nos é exibida pela lei com o propósito de fazer-nos continuar nele, mas com o fim de familiarizar-nos intimamente com a nossa própria miséria, bem como para guiar-nos a Cristo, o qual nos foi enviado como Médico ao encontro de nossa enfermidade; como Libertador, ao encontro de cativos; como Consolador ao encontro de aflitos; e como Defensor, ao encontro de oprimidos (Isaías 61:1).

* Extraído do livro "Romanos", de João Calvino, Edições Parakletos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #014 >>> Santificados mediante a verdade


Temos a tendência de descrever a santificação como vida vitoriosa porque pensamos nela em termos de libertar-nos de pecados particulares. "Como poderei ter vitória sobre este pecado? Como conseguirei ter vitória em minha vida?" De novo, vejam vocês, estou começando de mim mesmo - eu quero vitória. Mas a Bíblia descreve a santificação em termos de minha relação com Deus. Quantas vezes vocês ouvem a palavra "santidade" empregada atualmente? Quantas vezes vocês ouvem a descrição de homens como "tementes a Deus"? Essas expressões são bíblicas; até relativamente pouco tempo atrás eram as grandes expressões evangélicas. Contudo, toda a perspectiva mudou. Tornamo-nos subjetivos, e sugiro-lhes, que nessa proporção, tornamo-nos anti-escriturísticos.

* Extraído do livro "Santificados mediante a verdade", de D. Martyn Lloyd Jones, Editora PES.

Lí, gostei e recomendo #013 >>> Deus e Cosmos

Foi apenas nos últimos 70 anos que pudemos observar as galáxias muito distantes. E pode muito bem ser que aquilo que presentemente observamos seja apenas uma pequena fração do universo integral... Conclusões a respeito do universo integral, requer que adotemos premissas ou pressuposições teóricas... como, por exemplo, o Big Bang... Como podemos esperar acertar a teoria correta?... A origem das teorias tem sido considerada na atualidade como amplamente subjetiva… “A transição de dados para teoria requer imaginação criativa. Hipóteses e teorias científicas não são derivadas de fatos observados, mas são inventadas para explicar ou justificar dados” (Hempel)… É como se as teorias ao invés de ser-nos dadas pela natureza, são impostas por nós sobre a natureza, elas não são resultado do pensamento racional tanto como criações de nossa intuição irracional…
Uma teoria favorita, como é o caso do Big Bang, pode ser sempre preservada da refutação observacional, através de adequadas adaptações da mesma... Hoje todos os modelos cosmológicos são refutados por observações... Falta critério que possa permitir separar teorias verdadeiras de falsas... No íntimo, não conseguimos evitar sermos de alguma forma guiados por fatores religiosos e filosóficos em nossa avaliação e seleção de teorias... Para minimizar distorções indevidas e tendências, nossas premissas e critérios devem pelo menos ser declaradas abertamente... A história da ciência está repleto de exemplos de teorias científicas que foram uma vez sustentadas como verdades indubitáveis, as quais depois foram descartadas como falsas... O problema do conhecimento científico é que não há um critério justificável para a constatação de teorias verdadeiras... Nossa teorias determinam que aspectos da realidade serão observadas... Contudo, podemos aceitar como fatos científicos apenas os dados realmente observados... Se os “fatos” científicos forem restritos à observação direta, então pouco conflito real subsiste entre a Bíblia e o conhecimento científico... As colisões ou conflitos acontecem primordialmente entre a Bíblia e a “teorização científica”.

* Extraído do livro Deus e Cosmos, de John Byl, PhD em Astronomia pela University of British Columbia. Editora PES, 2003.

Alguém disse #004


"Cada vez que eu tomo um avião a jato e passo uma vista pelo complexo painel da cabina do piloto, penso na ave marinha do Ártico. Esta ave cresce na desolada região do extremo norte, depois voa durante oito meses, cruzando milhares de milhas do oceano, para alcançar o seu destino, próximo à margem do gélido Pico da Antártica. Logo em seguida, ela regressa ao seu local de origem. Ela percorre mais de vinte mil milhas, durante o seu tempo de vida. O instinto é o painel de instrumento em seu minúsculo cérebro e o seu sistema de orientação, uma capacidade que nenhum processo evolucionário poderia desenvolver, nem homem algum explicar."

Dave Hunt em “Cosmos, Creator and Human Destiny”, Parte 1, jan/2010.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #012 >>> Como tudo começou: uma introdução ao Criacionismo

QUESTIONE OS PARADIGMAS! REVEJA SEUS CONCEITOS!

Será que somos o resultado de um caldo primordial, que poderia ter existido a bilhões de anos atrás?
Será que o Universo, que possui mais estrelas do que todos os grãos de areia de todas as praias e de todos os desertos da Terra, com toda a sua beleza exuberante e leis precisas, teria sido fruto de um acidente cósmico?
Ao nos depararmos com a complexidade do código genético (DNA), contendo mais de 3 bilhões de letras perfeitamente organizadas, altamente codificado e eficientemente armazenado, capaz de criar sistemas com tamanha complexidade e planejamento, como o corpo humano, seria concebível aceitar que tal codificação teria sido apenas fruto do acaso?

* Extraído e adaptado do livro "Como tudo começou: uma introdução ao Criacionismo", de Adauto Lourenço, Editora Fiel, 2007.

Lí, gostei e recomendo #011

Tive amigos que eram membros de uma igreja cujo pastor eu desconfiava que fosse incrédulo. Perguntando a eles como eram as pregações, descobri que o problema não era o que o pastor dizia, mas o que ele deixava de dizer, os temas que ele evitava, os assuntos que nunca mencionava, como a ressurreição de Cristo, a infalibilidade das Escrituras, a veracidade e confiabilidade da narrativa bíblica, o poder do Espírito para regenerar a natureza humana pecaminosa, a morte vicária de Cristo, a realidade da tentação e a necessidade de resisti-la. Era assim que ele aprendeu a sobreviver, evitando matérias de fé e pregando aquilo que um rabino, um mestre espírita ou líder muçulmano também pregaria, como a honestidade, o amor ao próximo e a necessidade de votar a favor do desarmamento.


Meu filho de 16 anos leu o draft deste post. “Papai, por que alguém gostaria de ser pastor se não tem fé? Não tem uma maneira mais fácil dele ganhar dinheiro?”. Pois é, pior é que não tem.

* por Augustus Nicodemos extraído de "olharreformado.wordpress.com".

Alguém disse #003


“Se queremos conhecimento espiritual e salvífico, devemos nos dedicar muito a leitura das Escrituras. Elas são o meio pelo qual Deus comunica esse conhecimento. A menos que diligentemente e frequentemente leiamos as Escrituras, não podemos esperar ser iluminados, exceto se pudermos esperar que Deus age sem propósito, o que é algo completamente ilógico.”

(Jonathan Edwards, "A Spiritual Understanding of Divine Things Denied to the Unregenerate", The Works of Jonathan Edwards vol. 14, ed. Kenneth P. Minkema (New Haven, CT: Yale University Press), 1994.

Lí, gostei e recomendo #010 >>> Santificados Mediante a Verdade


"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (I Cor.15:33)
Você não pode crer numa coisa errada e ainda ter uma vida correta, diz Paulo. A sua conduta é determinada por aquilo em que você crê, e assim as más conversações, os maus ensinos, as más crenças vão corromper sua conduta...

As pessoas... de Corinto... pretendiam ser cristãs, elas diziam que pregavam Cristo. Sim, mas negavam Sua ressurreição literal, física, e contudo se diziam cristãs... O homem leviano na doutrina eventualmente se torna leviano também em sua vida e em sua conduta.

* Extraído do livro "Santificados Mediante a Verdade", de D. Martyn Lloyd Jones, Editora PES.

Lí, gostei e recomendo #009 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

O pecado é a recusa desesperada de encontrar nossa profunda identidade no relacionamento com Deus e no serviço a Ele... Os seres humanos foram criados não só para crer em Deus de alguma forma geral, mas para amá-Lo sobre todas as coisas, para centrar suas vidas nEle acima de tudo e para construir suas próprias identidades a partir dEle. Qualquer alternativa constitui pecado.

...Podemos categorizar vários “substitutos para deus” e os tipos específicos de desalento e de danos que cada um deles provoca em uma vida. Assim, podemos identificar o seguinte:
- Se centrar sua vida e identidade em seu cônjugue ou parceiro: você ficará emocionalmente dependente, ciumento e controlador. Os problemas do outro serão acapachantes para você.
- Se centrar sua vida e identidade em sua família e filhos: você tentará viver a vida através dos filhos até que eles se ressintam de você ou percam de todo a própria identidade. Na pior hipótese, talvez seja capaz de maltratá-los quando eles o desgostarem.
- Se centrar sua vida e identidade no trabalho e na carreira: você se tornará um viciado em trabalho, além de uma pessoa chata e vazia. Na pior das hipóteses, perderá a família e os amigos e, caso a carreira vá mal, acabará desenvolvendo profunda depressão.
- Se centrar sua vida e identidade no dinheiro e posses: será devastado pela preocupação com dinheiro e pela avareza. Estará disposto a agir de maneira antiética para manter o estilo de vida que tem, o que acabará por dinamitar a sua vida.
- Se centrar sua vida e identidade no prazer, na gratificação e no conforto: irá se descobrir viciado em alguma coisa. Acabará ficando escravo de suas “estratégias de fuga”, por meio das quais evita as dificuldades da vida.
- Se centrar sua vida e identidade nos relacionamentos e na aprovação: sentir-se-á constantemente demasiado ferido pelas críticas e, assim, estará sempre perdendo amigos. Terá medo de confrontar os outros e, assim, acabará se tornando um amigo inútil.
- Se centrar sua vida e identidade em uma “causa nobre”: você dividirá o mundo em “bom” e “mau” e demonizará seus oponentes. Ironicamente, será sempre controlado por seus inimigos. Sem eles, você não terá objetivo.
- Se centrar sua vida e identidade na religião e na moral: se satisfizer seus padrões morais, você se tornará orgulhoso, arrogante e cruel. Se não satisfizer seus próprios padrões, a culpa consequente irá devastá-lo.

O pecado não significa apenas fazer coisas ruins, mas pôr coisas boas no lugar de Deus. Assim, a única solução não é meramente mudar nosso comportamento, mas, sim, reorientar e centrar o coração e a vida por inteiro em Deus... Lembre-se – se você não viver para Jesus, viverá para alguma outra coisa.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, escrito por Timothy Keller, Editora Campus.

domingo, 18 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #008 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas


"Todas as grandes religiões são igualmente válidas e ensinam basicamente a mesma coisa."

Essa afirmativa é tão comum que um jornalista escreveu recentemente que qualquer um que acredite que “existem religiões inferiores” é um extremista de direita. Será que queremos realmente dizer que a seita Branch Davidians ou religiões que exigem sacrifícios de crianças não são inferiores a outras? A grande maioria com certeza diria que são, sim.

Quase todo mundo que defende a semelhança das religiões tem em mente as grandes, e não as seitas dissidentes. Foi assim que um aluno participante do seminário do qual falei formulou um argumento. Ele defendeu que as diferenças doutrinárias entre o Judaísmo, o Islamismo, o Cristianismo, o Budismo e o Hinduísmo são superficiais e insignificantes, que todas crêem no mesmo Deus. No entanto, quando lhe perguntei quem era esse Deus, ele o descreveu como um Espírito amantíssimo no universo. O problema com tal postura é a incoerência. Ao mesmo tempo em que ela afirma que a doutrina é irrelevante, advoga crenças doutrinárias sobre a natureza de Deus que vão totalmente de encontro às de todas as grandes religiões.

O Budismo não crê absolutamente em Deus. O Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo acreditam em um Deus que responsabiliza os humanos por suas crenças e práticas e cujos atributos não podem se resumir todos a amor. Ironicamente, a insistência quanto à irrelevância das doutrinas já é, em si, uma doutrina. Ela tem uma visão específica de Deus, que é apregoada como superior e mais esclarecida do que as crenças da maioria das grandes religiões. Assim, os defensores dessa visão fazem exatamente aquilo que proíbem os outros de fazer.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus.

sábado, 17 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #007 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

Supomos que nós, indivíduos modernos, encaramos com ceticismo afirmações de uma ressurreição corpórea, enquanto os antigos, cheios de credulidade quanto ao sobrenatural, teriam imediatamente comprado a idéia. Não é o caso. Para todas as visões de mundo predominantes na época, uma ressurreição corpórea era inconcebível...


Centenas de judeus começaram a adorar Jesus literalmente da noite para o dia. É amplamente reconhecido que o hino a Cristo que Paulo menciona em 2 Filipenses foi escrito apenas poucos anos após a crucificação. Que acontecimento portentoso terá derrubado toda essa resistência judaica? A visão de Jesus ressuscitado explicaria isso. Que outra resposta histórica o faria?…

Praticamente todos os apóstolos e todos os primeiros líderes cristãos morreram por causa da fé, e fica difícil acreditar que esse tipo de auto-sacrifício de peso seria feito para sustentar uma mentira...

O cético precisa responder todas estas perguntas históricas: Por que o Cristianismo surgiu tão repentinamente? Nenhum outro grupo de seguidores messiânicos jamais conclui que seu líder ressuscitou dos mortos – e por que este grupo o fez? Nenhum grupo de judeus jamais adorou um ser humano como se fosse Deus. O que levou esse grupo a agir assim? Os judeus não acreditavam em homens divinos nem em ressurreições individuais. Como explicar as centenas de testemunhas oculares da ressurreição que continuaram vivas durante décadas e publicamente sustentaram seu testemunho, as vezes dando a vida pela própria crença?

* Extraído do livro "A fé numa era de ceticismo", de Timothy Keller, editora Campus.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #006 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas

Estou ciente de que o principal problema de muita gente com o Cristianismo tem muito mais a ver com a Igreja do que com Jesus. Essas pessoas não querem ouvir que, para ser um cristão e levar uma vida cristã, precisam encontrar uma igreja para florescer. Já passaram por muitas experiências ruins com igrejas. Entendo perfeitamente. Admito que, no todo, os cristãos praticantes talvez sejam mais fracos psicológica e moralmente do que os não-praticantes. Isso não deveria causar mais surpresa do que o fato de que os clientes que aguardam na sala de espera de um consultório médico, como um todo, estejam mais doentes do que os que lá não estão. As igrejas atraem, por princípio, uma proporção maior de gente carente, mas também reúnem um grande número de indivíduos cujas vidas foram totalmente viradas do avesso e preenchidas com a alegria de Cristo.


A igreja de Cristo, assim, lembra o oceano. É enorme e diversificada. É como o oceano, onde há pontos cálidos e cristalinos e ponto gélidos, lugares onde se pode entrar facilmente sem correr perigo e lugares onde rapidamente seremos engolidos e mortos. Estou ciente do quanto é arriscado dizer a meus leitores que eles devem buscar uma igreja. Não o faço levianamente e recomendo que tomem o maior cuidado. Mas não existe alternativa. Não é possível levar uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma família de fiéis dentro da qual você encontre seu lugar.

* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Alguém disse #002


Essa é a curiosa marca de nossa era:
O único absoluto permitido é a insistência absoluta de que não há nada absoluto.

(Francis Schaeffer)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Alguém disse #001


C.S.Lewis diz que não devemos crer no cristianismo apenas porque é relevante ou excitante, ou por nos trazer satisfação pessoal. Creia porque é verdadeiro. E se é verdadeiro, eventualmente será relevante, excitante e trará satisfação pessoal. Mas haverá momentos em que não será relevante, excitante e satisfatório. Ser cristão será algo muito difícil. Então, a não ser que você venha ao Evangelho simplesmente porque é realmente a verdade, você não viverá a vida cristã e não experimentará a sua relevância e muitas outras coisas.

* Extraído de entrevista de Tim Keller à Christianity Today, 2008.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #005 >>> Por que acreditar na Bíblia?









Numa manhã de outubro de 1536 no castelo Vilvorde, em Bruxelas, um prisioneiro após 18 meses de confinamento em uma cela escura, fétida e infestada de ratos e insetos, foi estrangulado pendurado numa cruz e lançado no fogo.

Seu nome? William Tyndale.
Seu crime? Ele traduziu um livro do hebraico e grego para o inglês.
Que livro? A Bíblia.

* Extraído do livro "Por que acreditar na Bíblia?", de John Blanchard, Editora Fiel.

Lí, gostei e recomendo #004 >>> Seguros mesmo no mundo


É o que eu diria que é o método de Demas – “Demas me desamparou, amando o presente século” (II Tim. 4:10). O mundo não se preocupa muito sobre como ataca os seguidores de Cristo. Se por lançá-los à prisão pode tirá-los de Cristo, ele o fará, porém se isso não funcionar, tentará algum outro método. “Demas me desamparou” – o amor pela comodidade, o amor pelas coisas do mundo, sua riqueza, sua posição, sua chamada pompa, a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida – quantos homens bons foram arruinados por tal coisa! A prosperidade pode ser muito perigosa para a alma, e o mundo está preparado para fazer uso dela. Se a oposição direta não funcionar, ele nos minará, ele agitará essas coisas diante de nós e assim tentará afastar-nos de Cristo. Portanto, não é de admirar que Jesus tenha orado ao Pai rogando-Lhe que nos guarde em Seu nome (João 17:11-15).

* Extraído do livro “Seguros mesmo no mundo – de Martyn Lloyd-Jones, Editora PES” (Um sermão pregado no início da década de 1950).

domingo, 11 de abril de 2010

Lí, gostei e recomendo #003 >>> A Criação Redimida


“Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gen. 1:28)

... O termo “sujeitar” é aparentemente a instrução de Deus a Adão para continuar a cuidar do que Deus criou de acordo com seus meios e propósitos... O primeiro ato de Adão em relação à sujeição da criação a ele foi dar nomes aos animais...

Devemos examinar o que pode significar (o termo “dominar”) para Deus... “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo”... Aos olhos de Deus, aquele que governa é aquele que serve.

Portanto, os homens são chamados para governar e sujeitar a criação servindo-a... (Temos) um chamado a aceitar nosso lugar na criação, como seus servos e protetores... Pertencemos à criação e somos parte dela, mas também temos nela um lugar especial. E devemos, ao aceitar esse lugar, aceitar as responsabilidades que vêm com ele.

* Extraído do livro “A Criação Redimida”, de Fred Van Dyke, David C. Mahan, Joseph K. Sheldon, e Raymond H. Brand, Editora Cultura Cristã.

Lí, gostei e recomendo #002 >>> A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas



Se Deus não existe, não há como dizer que um ato seja “moral” e outro, “imoral”, mas apenas “este me agrada”. Se é assim, quem goza do direito de transformar em lei os próprios sentimentos subjetivos e arbitrários? Talvez você argumente que “a maioria tem o direito de fazer a lei”, mas será que com isso estará querendo dizer que a maioria tem o direito de votar para exterminar a minoria? Se sua resposta for “não, isso está errado”, você voltará a estaca zero. “Quem foi que disse” que a maioria tem obrigação moral de não matar a minoria? Por que suas convicções morais seriam obrigatórias para os que se opõem a elas? Por que sua visão deve prevalecer sobre a vontade da maioria? ...



... Se Deus não existe, todas as declarações morais são arbitrárias, todas as avaliações morais são subjetivas e internas, e não pode haver um padrão moral externo segundo o qual sejam julgados os sentimentos e valores de alguém...



... A natureza é totalmente regida por um princípio central – a violência dos fortes contra os fracos... No entanto, inescapavelmente, acreditamos ser errado que indivíduos ou grupos humanos mais fortes matem os mais fracos. Se a violência é totalmente natural, por que considerar errado que humanos fortes passem por cima dos fracos? Não há base moral, a menos que defendamos que a natureza, em certo sentido, é antinatural. Não podemos saber que a natureza é de alguma forma imperfeita, a menos que exista algum padrão sobrenatural de normalidade além da natureza pelo qual sejamos capazes de julgar o certo e o errado. Isso significa que é preciso haver céu ou Deus ou algum tipo de ordem divina apartada da natureza a fim de possibilitar tal julgamento...



... Só existe uma saída para esse enigma. Podemos ver os relatos da Bíblia e ver se eles explicam melhor nosso senso moral do que uma visão laica. Se o mundo foi criado por um Deus de paz, justiça e amor, é por isso, então, que sabemos que a violência, opressão e ódio são errados...



... Não tentei provar a existência de Deus para você. Meu objetivo foi lhe mostrar que você já sabe que Deus existe. Até certo ponto, venho tratando da inexistência de Deus como um problema intelectual, mas há muito mais em jogo. Não apenas isso torna sem sentido todas as escolhas morais, como também retira o significado da vida....



... Todos vivemos como se fosse melhor buscar a paz em vez da guerra, falar a verdade em vez de mentir, cuidar e nutrir em lugar de destruir. Acreditamos que tais escolhas não sejam sem sentido, que a maneira que escolhemos viver importa. No entanto, se o Juiz Cósmico está de fato ausente, “quem disse” que uma escolha é melhor que outra? ... No final não fará a mínima diferença se somos bondosos ou cruéis...



... Podemos nos apegar à crença intelectual na ausência de um Juiz e, ainda assim, viver como se as escolhas importassem ou houvesse diferença entre amor e crueldade... Gozamos do bônus de ter um Deus sem o ônus de precisar segui-lo. Mas não há integridade nisso...



... A outra opção é reconhecer que você sabe que Deus existe. Você é capaz de aceitar o fato de que vive como se a beleza e o amor tivessem significado, como se houvesse significado para a vida, como se os humanos possuíssem uma dignidade inerente – tudo porque sabe que Deus existe. É desonesto viver como se ele existisse mas negar-se a reconhecer aquele que lhe deu todas essas bênçãos.



* Extraído do livro “A Fé na Era do Ceticismo: como a razão explica as crenças divinas”, de Timothy Keller, Editora Campus/Elsevier.

Lí, gostei e recomendo #001 >>> Seguros Mesmo no Mundo


Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos” (O Senhor Jesus em oração - João 17:13)

O cristão foi destinado a ser uma pessoa alegre, a experimentar a alegria da salvação. Não há como questionar isso; é algo ensinado em toda parte no Novo Testamento, e por isso é nosso dever, como cristãos, ter esta alegria e encher-nos dela. E não devemos dar descanso a nós mesmos, nem descanso nem paz, enquanto não a vivermos... Há algumas pessoas, bem sei, que reagem de tal modo contra o tipo falso e carnal de alegria que se privam da alegria verdadeira. Mas o oposto da alegria sensual e carnal não é ser miserável e infeliz. É ter a alegria verdadeira, a alegria do Senhor Jesus Cristo... A verdadeira alegria não é uma coisa assumida, é, antes, uma experiência ocorrida nas profundezas do ser. Portanto, não é algo que você tenta produzir, e sim algo que você é, que se manifesta em sua vida porque você é o que é... Essa é a alegria verdadeira. Essa alegria está acima das circunstâncias, dos acidentes, e do acaso; é independente dessas coisas; é independente delas todas, como era a alegria de Cristo... Ele nos disse que nada nem ninguém poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. São as pessoas que crêem em coisas como essas que sabem o que é esta alegria.

* Extraído do capítulo 9 do livro "Seguros Mesmo no Mundo', de Martyn Lloyd-Jones, Editora PES.