sábado, 4 de junho de 2011

Lí, gostei e recomendo #027 >>> Cantando ao Senhor

Trechos do livro Cantando ao Senhor, 
de D. Martin Lloyd Jones, 
Editora PES, 2004.


E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;  falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo – (Efésios 5:18-20). 


“No versículo 18 do capítulo 5 de Efésios o apóstolo nos lembra a doutrina fundamental segundo a qual nós, cristãos, devemos ser controlados pelo Espírito Santo e devemos estar sempre deixando-nos encher do Espírito... Em contraste com “ficar bêbado”de vinho, Paulo está muito naturalmente pensando no aspecto alegre e feliz da vida...  Algumas pessoas consideram “essas palavras” pouco menos que um decreto-lei que prescreve a ordem no culto para a Igreja. Basta ver o contexto para ver que não é esse o caso... O apóstolo só está tratando de um aspecto que acontece no culto... Aqui ele está interessado em como os homens e as mulheres mostram que estão cheios do Espírito quando estão tendo comunhão uns com os outros em suas reuniões comunitárias de adoração... Portanto, devemos abordar esse versículo com  cuidado. Muita gente boa perdeu o rumo aqui... É bem sabido que desde o princípio o canto sempre foi uma parte definida do culto cristão... “Salmos, hinos e cânticos espirituais”... O apóstolo menciona os três termos deliberadamente, a fim de fazer uma descrição geral da ampla variedade de maneiras pelas quais as pessoas que são cheias do Espírito dão expressão à sua alegria e à sua felicidade.

... Pode muito bem ser que Paulo esteja ensinando algo como o seguinte: quando vocês se reúnem, há grande alegria em seus corações por serem cristãos, pessoas cheias do Espírito. Como vão expressar essa alegria?  Bem, cantem alguns dos velhos  Salmos de Israel, se vocês os conhecem. Em acréscimo, alguns de vocês, sob a influência e a inspiração do Espírito, poderá compor hinos, hinos de louvor a Deus e ao Senhor Jesus Cristo. Leve-os então consigo e cante-os, e chame os outros para que se juntem a você para que todos os cantem juntos.  Quanto aos cânticos ou canções, temos nesta passagem uma sugestão de algo mais espontâneo, de alguma  expressão extemporânea... Nas Escrituras há casos em que pessoas piedosas de repente têm consciência do que está acontecendo, e da verdade, e irrompem em cânticos... E o apóstolo diz: agora vocês precisam controlar isso: “Faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Cor. 14:40)... O oposto do excesso não é o silêncio, e sim o controle.. . Evitemos todos os excessos e façamos tudo com decência e ordem. Mas acima de tudo, “não extingais o Espírito” (I Tes. 5:19), e sim enchei-vos dEle, e dêem prova disso.

... Devemos ter todo cuidado de não limitar o Espírito Santo e de não nos fazermos culpados de extiguir o Espírito de maneira legalista. O Espírito Santo não somente habilitou os escritores bíblicos a escreverem esta Palavra de Deus inspirada, autêntica e inerrante, mas, graças a Deus, o mesmo Espírito pode habilitar um pequeno pregador a pregar; o mesmo Espírito pode habilitar um escritor a compor um hino; o mesmo Espírito pode habilitar um artista a pintar um quadro em representação da glória de Deus.” 

domingo, 22 de maio de 2011

Lí, gostei e recomendo #026 >>> A Verdadeira Obra do Espírito: sinais de autenticidade

Texto de Jonathan Edwards (1703-1758), do livro “A Verdadeira Obra do Espírito:  sinais de autenticidade”, editora Vida Nova, 2010:
 “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas avaliai se os espíritos vêm de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo (I João 4:1) ”
Na era apostólica houve o maior derramamento do Espírito de Deus de todos os tempos, seja em termos de dons e influências extraordinários, seja em termos de realizações comuns, convencendo, convertendo, iluminando e santificando as almas dos homens. Todavia, à medida que as influências do verdadeiro Espírito abundavam, também as falsificações disseminavam; o Diabo fartou-se em imitar as obras do Espírito de Deus, tanto as comuns quanto as extraordinárias, conforme se evidencia em inúmeras passagens dos livros apostólicos. Isso tornou indispensável o fornecimento de certas regras à igreja de Cristo, marcas distintivas e claras através das quais ela pudesse prosseguir em segurança, ao avaliar o verdadeiro e o falso, sem correr o risco de ser ludibriada.  A exposição dessas normas é o propósito evidente do capítulo 4 de I João, texto em que tal assunto é tratado de forma mais clara e completa do que em qualquer outro lugar na Bíblia. Com esse objetivo determinado, o apóstolo encarrega-se de suprir a igreja de Deus com sinais do Espírito verdadeiro, que sejam claros, seguros e bem adaptados ao uso e à prática. Para que o assunto pudesse ser abordado de maneira simples e adequada, João insiste nessa temática ao longo de todo o capítulo. Por isso mesmo, é estranho que o que é dito aqui não seja levado em consideração, nos insólitos dias de hoje quando há atividades tão incomuns e amplas nas mentes das pessoas, uma imensa variedade de opiniões e tantas discussões a respeito da obra do Espírito. 

sábado, 30 de abril de 2011

Lí, gostei e recomendo #025 >>> O Batismo Cristão

O povo de Deus no Antigo Testamento adquiriu organização com a família de Abraão, quatrocentos anos antes de Moisés. A lei cerimonial foi um apêndice acrescentado para reger o culto a Deus e para prenunciar o Redentor até a vinda de Cristo. Depois da vinda de Cristo, o ritual nacional, com todos os seus tipos e sombras, foi anulado. Porém tal anulação, em nada afetou o pacto original com Abraão, qua ainda permanece para ele e sua semente, de modo tão certo como no dia em que foi estabelecido pela primeira vez. Tal pacto está em vigor como verdadeiro fundamento da igreja invisível. (Charles Hodge, 1797-1878, em O Batismo Cristão, Ed. Cultura Cristã, 2003) 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lí, gostei e recomendo #024 >>> A Tragédia da Guanabara



... E a quantos se obstinassem nas idéias dos reformados Villegaignon ameaçou de morte ainda mais horrenda que a infligida ao três mártires (J. du Bourdel, M. Verneuil e P. Bourdon) assegurando-lhes, de modo enfático, que seria para com eles mais rigoroso do que o fora para com estes. 


(in: A Tragédia da Guanabara: A história dos primeiros mártires do cristianismo no Brasil, de Jean Crespin, Editora Cultura Cristã, 2007)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Lí, gostei e recomendo #023 >>> Filosofia para Iniciantes

Se em sua crítica dos limites do pensamento teórico, Kant expulsa Deus pela porta da frente, ele corre para a porta dos fundos para deixá-lo entrar novamente. Em sua filosofia moral e prática, Kant procurou por uma base ética... Kant argumenta em favor do Deus cristão com base em que ele tem de existir para que a ética faça sentido... Kant antecipa a máxima de Dostoyevsky: "Se Deus não existe, tudo é permitido". Sem uma norma ética absoluta, a moralidade se reduz a mera preferência, e o mundo é uma selva onde prevalece a lei do mais forte. 
(in R.C.Sproul, Filosofia para Iniciantes, Editora Vida Nova, 2002)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #022 >>> A Abolição do Homem

A Abolição do Homem - C.S. Lewis, Editora Martins Fontes, 2005.


... Não se pode “ver o que está por trás” das coisas para sempre. Todo o propósito que existe em ver o que está por trás de alguma coisa reside justamente nisso: em ver, através dessa coisa, um objeto real. É bom que a janela seja translúcida, justamente porque a rua ou o jardim além dela são opacos. E se também fosse possível ver através do jardim?  Não há nenhuma utilidade em tentar “enxergar o que está por trás” dos primeiros princípios... “Ver o que está por trás” de todas as coisas é o mesmo que não ver nada.