terça-feira, 27 de março de 2012

Alguém disse #013 - Einstein sobre sua fé

Albert Einstein (1879-1955), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1921:

"A todo cientista minucioso deve ser natural algum tipo de sentimento religioso, pois não consegue supor que as dependências extremamente sutis por ele vislumbradas tenham sido pensadas pela primeira vez por ele. No universo incompreensível revela-se uma razão ilimitada. A opinião corrente de que sou ateu baseia-se num grande engano. Quem julga deduzi-la de minhas teorias científicas, mal as compreendeu. Entendeu-me de forma equivocada e presta-me péssimo serviço..."


In: H. Muschalek (Ed.) - Gottbekenntnisse moderner Naturforscher, quarta edição, Morus, Berlim, 1964.

domingo, 18 de março de 2012

Lí, gostei e recomendo #031 >>> DEUSES FALSOS

Lí um livro muito bom nesses dias. Trata-se de "Counterfeit Gods:  The empty promises of money, sex, and power, and the only hope that matters, Timothy  Keller, Dutton, 2009".  O livro já foi publicado em português pela Ediouro com o título de “Deuses Falsos”. Segue um trecho com tradução livre:

“ O código moral mais famoso do mundo é o Decálogo, os Dez Mandamentos. O primeiro mandamento é “Eu sou o Senhor, teu Deus, ... não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Isso nos leva a uma pergunta natural:  O que quer dizer outros deuses? Uma resposta segue imediatamente. “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto...” (Êxodo 20:4-5). Isso inclui todas as coisas do mundo! A maioria das pessoas sabe que você pode fazer do dinheiro um deus.  A maioria sabe que você pode fazer do sexo um deus. Entretanto, qualquer coisa na vida pode se tornar um ídolo, um deus alternativo, um falso deus.

... Todas as coisas sobre as quais aquelas pessoas construiram toda a sua felicidade tornaram-se pó em suas mãos porque elas construiram toda a sua felicidade sobre elas... Nós pensamos que ídolos são apenas coisas ruins, mas isso não é sempre o caso. Quanto mais grandiosa é a “coisa boa”, mais esperamos que ela satisfaça nossos desejos e anseios mais profundos. Qualquer coisa pode se tornar um falso deus, em especial as coisas boas da vida. ”

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Alguém disse #012 - Sobre a auto-existência de Deus

Nos comentários da Bíblia de Estudo de Genebra sobre o versículo 2 de Salmos 90 - "Antes que os montes nascessem e se formasse a terra e o mundo, de eternidade em eternidade, tu és Deus." - podemos ler: 

As crianças, às vezes, perguntam: "Quem fez Deus?". A resposta mais clara é que Deus nunca precisou ser feito, porque sempre existiu. Ele existe de um modo diferente do nosso: nós existimos de uma forma derivativa, finita e frágil, mas o nosso Criador existe como eterno, auto-sustentado e necessário. Sua existência é necessária no sentido de que não há possibilidade de ele cessar de existir.


A auto-existência de Deus é uma verdade básica. Na apresentação que faz do "Deus desconhecido" aos atenienses, Paulo explica que o Criador do mundo "nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse, pois ele mesmo é quem a todos dá vida. respiração e tudo mais" (At.17:23-25). O Criador tem vida em si mesmo e tira de si mesmo a energia infindável e de nada necessita. A independente auto-existência de Deus é uma verdade claramente afirmada na Bíblia (Sl. 90:1-4; 102:25-27; Is. 40:28-31; Ap. 4:10).


Na teologia, muitos erros são resultado da suposição de que as condições e limites de nossa própria existência finita se aplicam a Deus. Na vida de fé, podemos também facilmente empobrecer-nos, se alimentarmos uma idéia limitada e pequena a respeito de Deus. A doutrina da auto-existência de Deus é um anteparo e defesa contra esses erros. O princípio de que só Deus existe por si mesmo o distingue de toda criatura e é o fundamento daquilo que pensamos a respeito dele. Saber que a existência de Deus é independente protege nossa compreensão a respeito da grandeza dele e, portanto, tem claro valor prático para a nossa saúde espiritual.  

domingo, 8 de janeiro de 2012

Lí, gostei e recomendo #030 >>> Os Últimos Dias Segundo Jesus


Para o cristão é importante cercar-se de bons intérpretes das Escrituras. Nesse ano de 2012, quando muita falácia sobre o fim do mundo é propagada, torna-se ainda mais necessário avaliar nossa doutrina e esperança quanto a temas escatológicos.  O livro de R.C.Sproul, Os Últimos Dias Segundo Jesus,  publicado pela Editora Cultura Cristã,  ajuda muito nesse sentido. Segue um trecho do livro:

“O modo de discutir o conteúdo do Sermão do Monte das Oliveiras depende principalmente da hermenêutica (os princípios de interpretação) empregada. A hemenêutica ortodoxa protestante segue o ponto de vista de Martinho Lutero do sensus literaris. Atualmente, existe muita confusão em relação ao “sentido literal” das Escrituras. Lutero queria dizer que deveríamos interpretar a Bíblia de acordo com a forma em que foi escrita, ou em seu “sentido literário”. Foi uma tentativa de evitar arroubos imaginários no subjetivismo que moldam as Escrituras, a deformam e modelam segundo o capricho e a inclinação do intérprete. Para se resguardar do subjetivismo, Lutero procurou uma regra que pudesse guiar o intérprete em direção a um objetivo ao interpretar o texto.

Interpretar a Biblia “literalmente” no sentido clássico exige que aprendamos a reconhecer nas Escituras diferentes gêneros literários. Poesia deve-se interpretar como poesia, e passagens de cunho didático devem ser interpretadas de acordo com regras didáticas. A narrativa histórica não deve ser tratada como uma parábola, nem a parábola como uma rígida narrativa hstórica. Muitas profecias bíblicas são moldadas dentro do gênero profético que utiliza uma linguagem de figuras vívidas e imaginativas e geralmente mistura elementos da narrativa histórica comum com a linguagem figurada da poesia.

Parte da confusão em torno da interpretação bíblica deriva da utilização contemporânea  do termo “literal”. Atualmente, “literal” geralmente se refere não ao sentido técnico que foi utilizado por Lutero, mas à interpretação de imagens poéticas e similares como uma didática direta ou linguagem indicativa.  Nesse sentido, entender todo texto “literalmente” não é interpretá-lo de acordo com o gênero em que foi escrito, mas interpretá-lo no sentido indicativo puro e simples...”  

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Lí, gostei e recomendo #029 >>> Morte na Cidade

Morte na cidade"... Muitas vezes são as bençãos periféricas do evangelho que, quando se libertam da base cristã, transformam-se nos itens de julgamento na próxima geração. Considere a liberdade, por exemplo. Foi o resultado da Reforma no mundo norte-europeu que nos proporcionou um equilíbrio de forma e liberdade na área do estado e sociedade, liberdade para as mulheres, liberdade para as crianças, liberdade na área do Estado sob a lei. E, não obstante, uma vez estando longe da base cristã, é esta mesma liberdade sem forma, que traz julgamento sobre nós nas rodas giratórias da História."



(Francis Schaeffer *1912-1984*, em Morte na Cidade, Ed. Cultura Cristã)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Alguém disse #011 - Sobre o NATAL

"Há muitas histórias na Bíblia, mas todas as histórias estão contando a Grande História. A história de como Deus ama seus filhos e vem para resgatá-los. É necessária a Bíblia inteira para contar esta história. E no centro da história há um bebê. Cada história na Bíblia sussurra o seu nome. Ele é como a peça que faltava no quebra-cabeça, a peça que faz com que todas as outras peças se encaixem, e de repente você pode ver uma bela imagem. Minha esperança e oração para todos vocês neste ano que chega, é que vocês alcancem uma maior, melhor, mais profunda, e mais brilhante compreensão desta notável História e de seu herói Infalível!"
(por W.G. Tullian Tchividjian)



Feliz natal junto aos seus
e um 2K12 graciosamente abençoado por Deus !!!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lí, gostei e recomendo #028 >>> Calvinismo: As antigas doutrinas da graça

Texto extraído do livro de Paulo Anglada, “Calvinismo: As antigas doutrinas da graça”, publicado pela Knox Publicações.

“A doutrina calvinista da graça eficaz deve ser compreendida à luz da doutrina da graça como um todo. A graça de Deus é o atributo divino que faz com que Ele manifeste seu favor ao homem, agindo para com ele de maneira misericordiosa, bondosa e longânime.  Quando o calvinista fala da graça eficaz, ele se refere a uma das características da graça especial de Deus. Ele se refere ao seu favor imerecido com relação à salvação dos eleitos. Essa é a sublime manifestação do amor de Deus para com o homem. Contudo, existem outras.  O favor imerecido de Deus para com a criatura, e para com o homem em especial,  se manifesta de diversos modos, tanto para com os eleitos como para com os não-eleitos.  Essas manifestações gerais da graça de Deus são chamadas de “graça comum” ou “graça geral”.

Essas duas manifestações da graça de Deus são essencialmente diferentes. A graça especial é espiritual no sentido em que é salvífica; a graça  comum é natural (pois nenhuma quantidade dela  pode salvar).  A graça especial é apenas para os eleitos; a graça comum é para todos. A graça especial é uma ação sobrenatural do Espírito Santo; a graça comum é sua ação ordinária. A graça especial é regeneradora, isto é, cria uma nova natureza no homem, o qual se torna co-participante da natureza divina de Cristo, enquanto a graça comum não altera a natureza humana, a qual continua depravada e caída. A graça especial é justificadora; ela livra da culpa do pecado, reconciliando o homemcom Deus; a graça comum não altera o estado legal do homem, visto que ele cotinua culpado, por maiores que sejam as bençãos que possa receber de Deus. A graça especial é santificadora, e livra do domínio do pecado; a graça comum pode apenas restringir a influência do pecado.

Finalmente, outra característica distintiva e essencial da graça especial de Deus é que ela é eficaz e irresistível.  A graça especial é irresistivelmente aplicada, produzindo tudo o que foi dito acima, enquanto a graça comum jamais produzirá quaisquer desses resultados. A graça especial não se restringe à persuasão moral; ela inclui também a operação eficaz do Espírito Santo.

A graça comum pode ser não-moral ou moral, quanto aos seus resultados. A graça comum não-moral ou moral atua com relação às bençãos gerais de Deus, tais como a chuva, o sol, o alimento, o vestuário, a moradia, etc., as quais, até certo ponto, são indistintamente distribuídas tanto aos eleitos como aos não-eleitos. A graça moral diz respeito aos resultados morais produzidos pela persuasão moral (por uma operação geral do Espírito Santo) que, por meio dos governos, das leis, da opinião pública e da consciência, restringe o pecado e produz certo grau de decência, de ordem, de justiça, de moral, de verdade, de ciência, etc.

Outra graça comum moral corresponde a todos os benefícios que o evangelho proporciona tanto a regenerados quanto a não-regenerados: a pregação da Palavra (o chamamento externo), a membresia eclesiástica, o convívio com e o testemunho dos eleitos, a disciplina eclesiástica, etc. Os judeus no Antigo Testamento, os filhos dos crentes, e os que frequentam a igreja gozam desse privilégio, o qual não deve ser menosprezado – é uma grande benção estar no lugar certo. Entretanto, não se deve confundir esta graça com a graça especial (eficaz).”