domingo, 22 de maio de 2011

Lí, gostei e recomendo #026 >>> A Verdadeira Obra do Espírito: sinais de autenticidade

Texto de Jonathan Edwards (1703-1758), do livro “A Verdadeira Obra do Espírito:  sinais de autenticidade”, editora Vida Nova, 2010:
 “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas avaliai se os espíritos vêm de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo (I João 4:1) ”
Na era apostólica houve o maior derramamento do Espírito de Deus de todos os tempos, seja em termos de dons e influências extraordinários, seja em termos de realizações comuns, convencendo, convertendo, iluminando e santificando as almas dos homens. Todavia, à medida que as influências do verdadeiro Espírito abundavam, também as falsificações disseminavam; o Diabo fartou-se em imitar as obras do Espírito de Deus, tanto as comuns quanto as extraordinárias, conforme se evidencia em inúmeras passagens dos livros apostólicos. Isso tornou indispensável o fornecimento de certas regras à igreja de Cristo, marcas distintivas e claras através das quais ela pudesse prosseguir em segurança, ao avaliar o verdadeiro e o falso, sem correr o risco de ser ludibriada.  A exposição dessas normas é o propósito evidente do capítulo 4 de I João, texto em que tal assunto é tratado de forma mais clara e completa do que em qualquer outro lugar na Bíblia. Com esse objetivo determinado, o apóstolo encarrega-se de suprir a igreja de Deus com sinais do Espírito verdadeiro, que sejam claros, seguros e bem adaptados ao uso e à prática. Para que o assunto pudesse ser abordado de maneira simples e adequada, João insiste nessa temática ao longo de todo o capítulo. Por isso mesmo, é estranho que o que é dito aqui não seja levado em consideração, nos insólitos dias de hoje quando há atividades tão incomuns e amplas nas mentes das pessoas, uma imensa variedade de opiniões e tantas discussões a respeito da obra do Espírito. 

sábado, 30 de abril de 2011

Lí, gostei e recomendo #025 >>> O Batismo Cristão

O povo de Deus no Antigo Testamento adquiriu organização com a família de Abraão, quatrocentos anos antes de Moisés. A lei cerimonial foi um apêndice acrescentado para reger o culto a Deus e para prenunciar o Redentor até a vinda de Cristo. Depois da vinda de Cristo, o ritual nacional, com todos os seus tipos e sombras, foi anulado. Porém tal anulação, em nada afetou o pacto original com Abraão, qua ainda permanece para ele e sua semente, de modo tão certo como no dia em que foi estabelecido pela primeira vez. Tal pacto está em vigor como verdadeiro fundamento da igreja invisível. (Charles Hodge, 1797-1878, em O Batismo Cristão, Ed. Cultura Cristã, 2003) 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lí, gostei e recomendo #024 >>> A Tragédia da Guanabara



... E a quantos se obstinassem nas idéias dos reformados Villegaignon ameaçou de morte ainda mais horrenda que a infligida ao três mártires (J. du Bourdel, M. Verneuil e P. Bourdon) assegurando-lhes, de modo enfático, que seria para com eles mais rigoroso do que o fora para com estes. 


(in: A Tragédia da Guanabara: A história dos primeiros mártires do cristianismo no Brasil, de Jean Crespin, Editora Cultura Cristã, 2007)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Lí, gostei e recomendo #023 >>> Filosofia para Iniciantes

Se em sua crítica dos limites do pensamento teórico, Kant expulsa Deus pela porta da frente, ele corre para a porta dos fundos para deixá-lo entrar novamente. Em sua filosofia moral e prática, Kant procurou por uma base ética... Kant argumenta em favor do Deus cristão com base em que ele tem de existir para que a ética faça sentido... Kant antecipa a máxima de Dostoyevsky: "Se Deus não existe, tudo é permitido". Sem uma norma ética absoluta, a moralidade se reduz a mera preferência, e o mundo é uma selva onde prevalece a lei do mais forte. 
(in R.C.Sproul, Filosofia para Iniciantes, Editora Vida Nova, 2002)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #022 >>> A Abolição do Homem

A Abolição do Homem - C.S. Lewis, Editora Martins Fontes, 2005.


... Não se pode “ver o que está por trás” das coisas para sempre. Todo o propósito que existe em ver o que está por trás de alguma coisa reside justamente nisso: em ver, através dessa coisa, um objeto real. É bom que a janela seja translúcida, justamente porque a rua ou o jardim além dela são opacos. E se também fosse possível ver através do jardim?  Não há nenhuma utilidade em tentar “enxergar o que está por trás” dos primeiros princípios... “Ver o que está por trás” de todas as coisas é o mesmo que não ver nada.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #021 >>> Romanos

João Calvino em seu livro Romanos expõe sobre os versículos 33 a 36 do capítulo 11 da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos.

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?  Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?  Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!

“ ... Ao ouvirmos as palavras, Ó profundidade, sentimo-nos incapacitados para expressar a imensurável força que esta declaração de espanto encerra no sentido de reprimir a temeridade da carne... O apóstolo nada mais pode fazer senão ponderar e exclamar que as riquezas da sabedoria de Deus são demasiadamente profundas para que a nossa razão seja capaz de sondá-las... Ele prossegue ainda com sua exclamação, na qual exalta ainda mais o mistério divino, enquanto que nos refreia ainda mais da natural curiosidade de nossa investigação. Aprendamos, pois, a evitar as inquirições concernentes a nosso Senhor, exceto até onde ele se nos revelou através da Escritura. Do contrário, entraremos num labirinto do qual o escape não nos será fácil... Já que nosso dever é deixar-nos guiar pela orientação do Espírito, então devemos ficar e permanecer onde ele nos deixar.  Se alguém presume conhecer mais do que o Espírito lhe haja revelado, o mesmo acabará sendo fulminado pelo imensurável fulgor dessa luz inascessível.  Não devemos esquecermo-nos da distinção entre o conselho secreto de Deus e sua vontade revelada na Escritura.  Ainda que toda a doutrina da Escritura exceda, em sua sublimidade, ao intelecto humano, todavia os crentes que seguem o Espírito como seu Guia, com reverência e circunspecção, não são proibidos de ter acesso à vontade divina. Entretanto, outro é o caso em relação a seu conselho oculto, cuja profundidade e cuja altura  não temos como atingir através de nossa investigação... “