sábado, 29 de maio de 2010

Lí, gostei e recomendo #018 >>> Darwin no banco dos réus

Phillip Johnson, graduado em Harvard e na Universidade de Chicago, tem dado uma bela dor de cabeça aos darwinistas ao argumentar que a teoria da evolução não tem base em fatos, mas na fé no naturalismo filosófico. Abaixo segue pequeno trecho do livro “Darwin no banco dos réus” (Editora Cultura Cristã):


A dificuldade básica em explicar como a vida poderia ter começado é que todos os organismos vivos são extremamente complexos, e a seleção darwinista (seleção natural) não pode realizar a formação (de vida) nem mesmo teoricamente até que organismos já existam e sejam capazes de reproduzir suas espécies... O organismo mais simples capaz de vida independente, a célula bacteriana procariota, é uma obra-prima de complexidade miniatuarizada que faz uma espaçonave parecer bem inferior tecnologicamente. Mesmo que alguém suponha que algo muito mais simples do que uma célula bacteriana possa ser capaz de iniciar a evolução darwinista – uma macromolécula de DNA ou RNA, por exemplo –, a possibilidade de que tal entidade complexa possa se auto-organizar por acaso é ainda fantasticamente improvável, mesmo que bilhões de anos fossem disponíveis.

... Nos organismos contemporâneos, o DNA, o RNA e as proteínas são mutuamente interdependentes, com o DNA dirigindo a síntese das proteínas, e as proteínas executando o trabalho químico necessário da célula. Um cenário evolutivo deve supor que esse sistema complexo evoluiu de um predecessor muito mais simples, primeiro empregando, provavelmente, apenas um dos três maiores constituintes. O que veio primeiro, os ácidos (DNA ou RNA) ou as proteínas? E como a primeira molécula viva funcionou e evoluiu na ausência das outras? Essas questões definem a agenda para o campo da evolução química, em que diversos cenários competem por atenção... Há uma concordância geral de que nenhuma teoria tem obtido qualquer confirmação experimental substancial.

... Praticamente todos (os darwinistas) enfatizam a aparência de design e propósito, a complexidade imensa da célula mais simples, e a aparente necessidade de muitos componentes complexos funcionando juntos para sustentar a vida. Todos usam um vocabulário de comunicação inteligente para descrever a síntese da proteína: mensagens, instruções programadas, linguagens, informação, codificação, decodificação, e bilbiotecas. Por que não considerar a possibilidade de que a vida é o que tão evidentemente parece ser, o produto de uma inteligência criadora?... O que os cientistas perderiam não é um programa de pesquisas inspirador, mas a ilusão do “domínio total exercido pela natureza”. Teriam de enfrentar a possibilidade de que além do mundo natural há uma realidade mais além que transcende a ciência. Todavia, encarar essa possibilidade é absolutamente inaceitável...



*Ricardo - Blog “Pés Sobre os Montes” - comenta:

Você teve notícia de que foi conseguido agora em 2010 a finalização, após 15 anos, da construção, com apoio computacional, do cromossoma de uma bactéria unicelular, sendo este introduzido em uma célula bacteriana sem cromossoma? Foram anos, foram alguns milhões de dólares, para esse notável e meritoso feito científico. O quanto adicionalmente seria preciso para se ter ainda as outras estruturas e componentes dessa célula microscópica: sua membrana, seu citoplasma, e etc? Pois é, foi preciso muita inteligência dos cientistas, amplo conhecimento adquirido por várias gerações, muito empenho pessoal, e grande aplicação de recursos financeiros. Fica difícil crer que a vida, com toda essa complexidade expressa em apenas uma minúscula célula, tenha surgido expontâneamente, ou tenha sido auto-criada... é preciso fé, muita fé. Conhecendo a complexidade revelada pela ciência, fica mais fácil crer que o que vemos é resultado da criação da vida por um Ser inteligente e poderoso. Abençoada inteligência humana, bendita ciência!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lí, gostei e recomendo #017 >>> A Era dos Sonhos Frustados

Sixto IV comprou o papado (em 1471), fazendo-se eleger com base em promessa e presentes que fez aos cardeais. Durante o seu pontificado o nepotismo e a corrupção alcançaram níveis nunca vistos no papado. A essência de sua política consistiu em enriquecer sua família, em particular seus cinco sobrinhos...Para manter esta política, e a pompa de seus sobrinhos, ele impôs a todos os territórios papais o monopólio do trigo. O melhor grão era vendido para encher as arcas papais, e o povo somente recebia o pão de pior qualidade. Mas apesar de tudo isto a posteridade conhece Sixto IV como o mecenas que mandou construir a Capela Sixtina, chamada assim em sua honra.

O papa Inocêncio VIII foi eleito (em 1484)  depois de ter jurado pelo que havia de mais sagrado  de que respeitaria os direitos dos outros cardeais, que não nomearia mais do que um da sua família, e que poria a sé romana em ordem. Mas assim que se viu de posse da tiara papal ele declarou que o poder do papa era supremo, e que por isto não precisava se sujeitar a nenhuma promessa, principalmente quando feita sob alguma pressão. Ele foi o primeiro papa a reconhecer publicamente seus vários filhos ilegítimos, que cumulou de honras e riquezas. A venda de indulgências se transformou em um negócio vergonhoso sob a administração e a serviço de um dos filhos do papa... Inocêncio quis livrar a cristandade de bruxas através de uma bula cujo resultado foi a morte de centenas de  mulheres cujo único crime era serem impopulares, ou talvez um pouco excêntricas.


*  Extraído de "A Era dos Sonhos Frustados", Vol. 5 de "E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo", de autoria de Justo L. Gonzales, Editora Vida Nova.

sábado, 8 de maio de 2010

Alguém disse #006

GUERRAS RELIGIOSAS: QUAL A SUA CAUSA?

"As igrejas evangélicas que apoiam o ecumenismo dizem que fazem isso em nome da paz, do diálogo e aceitação das diferenças. O mundo vive em guerra e o ecumenismo é a resposta para que o mundo tenha paz. O senhor concorda com essas afirmações?"

Eu não sou ecumênico. Nunca senti atração pela ideia de se negociar a verdade em nome da unidade. Como se houvesse uma oposição entre amor e verdade.

Podemos amar ao próximo e discordar dele. É possível mantermos ao mesmo tempo a fidelidade à verdade e a fidelidade ao amor. Posso discordar da religião de alguém e me ver ao seu lado numa manifestação pela defesa dos direitos humanos. Posso dizer que um certo pregador ensina o erro e garantir-lhe o direito constitucional de dizer o que pensa.

A verdade não tem que necessariamente dividir. Pode gerar divisão na hora de admitir alguém na igreja, mas não gerar divisão na hora de admitir alguém na sociedade. Pode significar não receber na comunhão da igreja alguém que professa fé em algo oposto ao cristianismo, mas pode significar receber alguém que professa fé em algo oposto ao cristianismo na relação fraterna da sociedade civil.

As guerras religiosas nunca tiveram como motivo a firme adesão a um ponto de vista teológico qualquer, uma vez que elas são causadas pela incapacidade de se permitir que pessoas pensem de modo diferente; pelo bloqueio emocional que impede que um se aproxime do outro, procurando entender a razão de ser do pensamento daquele que adota um ponto de vista doutrinário contrário; pela tentativa de deter o erro com canhão, em vez do diálogo e ensino; e pelo desamor, que nos faz -em nome da verdade- fazer aquilo que é contrário a ela mesma, pois a verdade nos ensina a amar.

* Postado por Antonio Carlos Costa no Blog Palavra Plena, em 20-04-2010.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Rio onde Jesus teria sido batizado pode secar até 2011


Leia a notícia abaixo, e tenha em mente as palavras de Jesus em Mateus 24:35 -
"Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão."
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Deu no JB Online - 03/05/2010 - Ciência e Tecnologia

Rio onde Jesus teria sido batizado pode secar até 2011

ORIENTE MÉDIO - Ambientalistas afirmaram nesta segunda-feira que o rio Jordão, onde os cristãos acreditam que Jesus foi batizado, está tão poluído que pode morrer no final do próximo ano a menos que que seja revitalizado. Segundo a organização Amigos da Terra, Oriente Médio (FoEME, na sigla em inglês), o famoso rio foi reduzido a um "fio" de água ao sul do mar da Galileia, devido à superexploração, poluição e ausência da administração pública. As informações são do Discovery News.

Segundo os ambientalistas, mais de 98% do rio foi desviado por Israel, Síria e Jordânia ao longo dos anos. "O fluxo remanescente consiste principalmente de esgoto, peixes, água, resíduos da agricultura e água salina", diz o grupo.

O rio tem 217 km do mar da Galileia ao mar Morto e passa por Israel, Jordânia, Síria e Cisjordânia. "Isto é o que é hoje a fonte do baixo rio Jordão", diz o diretor da FoEME para Israel, Gidon Bromberg, ao apontar para um cano que joga esgoto na água. "Ninguém pode dizer que isto é água sagrada. Ninguém pode dizer que é aceitável este estado para um rio com essa fama", diz.

A cerca de 100 quilômetros do local onde a organização fez o anúncio fica o local onde acredita-se que Jesus foi batizado. Todo o ano, milhares de turistas costumas se banhar ali, apesar da alta poluição do local.

A reportagem afirma que as comunidades israelenses, jordanianas e palestinas que vivem ao longo do rio - cerca de 340 mil pessoas - jogam esgoto não tratado em suas águas. Ironicamente, parar de jogar o esgoto no rio - como planejado por Israel - pode ser ainda pior, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir sua salinidade. Segundo a organização, a solução está em jogar grandes quantidades de água limpa no rio, cerca de 400 milhões de m³.

O rio Jordão já foi responsável por liberar 1,3 bilhão de m³ de água por ano no mar, mas agora descarta algo estimado entre 20 milhões e 30 milhões de m³ por ano. "Um novo estudo que nos patrocinamos revela que nós perdemos pelo menos 50% da biodiversidade dentro e ao redor do rio por causa do desvio quase total de água fresca", diz Munqeth Mehyar, diretor do FoEME para a Jordânia.

Segundo a organização, uma melhor administração do saneamento básico pode salvar 517 milhões de m³ de água por ano para Israel e 305 milhões de m³ para a Jordânia, que poderiam ser redirecionados para salvar o rio. Os benefícios poderiam ser sentidos ainda no mar Morto, que está secando.

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Ricardo comenta:

A degradação da criação é algo inquestionável. Ela também já atinge locais de grande relevância nas histórias narradas pelas Escrituras Sagradas. A responsabilidade humana não pode ser desprezada. A humanidade, e suas diferentes sociedades e culturas, têm igualmente falhado na mordomia da criação. Soluções são obviamente bem-vindas e precisam considerar não só aspectos ambientais, mas igualmente os fatores sociais e econômicos, para que assim garantam a desejada sustentabilidade, hoje tão falada.

Para o cristão genuíno, ainda que as sociedades humanas venham a falhar, não adotando uma postura mais ética e mais sábia em relação ao mundo criado como um todo, resta uma esperança: Trata-se das promessas d'Aquele que tudo sustenta pela palavra do Seu poder! Ele prometeu um planeta restaurado - uma efetiva recuperação de ambientes degradados (sejam terrestres, aquáticos ou atmosféricos). Jesus Cristo uma vez disse: Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Sim, Sua promessa Ele cumprirá!

sábado, 1 de maio de 2010

Alguém disse #005


Marina Silva em entrevista à revista "Cristianismo Hoje", em dezembro de 2009:

"O Estado laico não é crente, nem ateu, nem agnóstico. É o Estado laico que assegura que eu tenha uma fé e que, em função da minha fé, eu não venha sofrer nenhum tipo de sanção. Que eu possa vivê-la nos diferentes espaços: no meu trabalho, na minha casa, no mundo. O Estado laico não é só para proteger os não-crentes dos crentes, é também para proteger os crentes dos não-crentes e possibilitar que ambos sejam protegidos no espaço em que a alteridade possa ser realizada e vivenciada, sem que isso signifique que você tenha que viver uma “dupla personalidade”. As pessoas querem que você diga que a sua fé não tem nenhuma consequência. Obviamente tem. Mas, como diz a Bíblia, não é por força nem por violência que se convence as pessoas."