sexta-feira, 28 de julho de 2017

Li, gostei e recomendo #047 >>> A Missão Cristã no Mundo Moderno, John Stott

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Livro publicado no original em inglês no ano de 1975, e finalmente editado em português pela Editora Ultimato 35 anos mais tarde, traz um tema atual. Muito se tem falado na terra brasilis sobre a Missão Integral, a qual por vezes usa citações de Stott para justificar suas idéias de um evangelho que prioriza as ações sociais. Infelizmente percebe-se que a visão do Stott tem sido distorcida. É bem verdade que John Stott ressalta a importância do papel social da cristandade e participou ativamente de eventos que tratam do tema. No entanto, o sábio escritor, teólogo e evangelista, sempre apresentou ponderações acertadas sobre a necessidade de que as missões cristãs priorizem o evangelho da salvação que aponta para as coisas eternas. Eis um trecho de seu livro aqui apresentado e recomendado com entusiasmo:

"Alguns consideram a ação social um meio de evangelismo. Neste caso, evangelismo e conversão são os objetivos principais, mas a ação social é um meio preliminar útil e efetivo para alcançar estes objetivos. Em sua forma mais ostensiva, isto faz do trabalho social o açúcar no comprimido, a isca no anzol, ao mesmo tempo em que, em sua melhor forma, dá ao evangelho uma credibilidade que, de outra maneira, ele não teria. Em qualquer dos casos o cheiro de hipocrisia permeia nossa filantropia...

A segunda maneira de relacionar evangelismo e ação social diz respeito à ação social não como um meio para o evangelismo, mas como uma manifestação do evangelismo, ou, pelo menos, do evangelho que está sendo proclamado. Neste caso, a filantropia não está anexa ao evangelismo de modo artificial, mas cresce a partir dele como sua expressão natural...

O terceiro modo de explicar a relação entre evangelismo e ação social, que creio ser a forma verdadeiramente cristã, é ver a ação social como parceira do evangelismo. Como parceiro, os dois se completam, mas cada um se sustenta por si e possui sua própria autonomia...

Haverá momentos em que o destino eterno da pessoa é a consideração mais urgente. Porém, outras vezes a necessidade material da pessoa será tão premente que ela não será capaz de ouvir o evangelho. Se o nosso inimigo estiver faminto, nosso mandato bíblico não é evangelizá-lo, mas alimentá-lo (Rm 12:20).

E existe ainda a diversidade de chamados cristãos, e todo cristão deve ser fiel ao seu próprio chamado. O médico não deve negligenciar a prática da medicina para evangelizar, nem o evangelista deve se distrair do ministério da palavra para ministrar às mesas (At 6)."

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