sábado, 4 de dezembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #021 >>> Romanos

João Calvino em seu livro Romanos expõe sobre os versículos 33 a 36 do capítulo 11 da Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos.

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?  Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?  Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!

“ ... Ao ouvirmos as palavras, Ó profundidade, sentimo-nos incapacitados para expressar a imensurável força que esta declaração de espanto encerra no sentido de reprimir a temeridade da carne... O apóstolo nada mais pode fazer senão ponderar e exclamar que as riquezas da sabedoria de Deus são demasiadamente profundas para que a nossa razão seja capaz de sondá-las... Ele prossegue ainda com sua exclamação, na qual exalta ainda mais o mistério divino, enquanto que nos refreia ainda mais da natural curiosidade de nossa investigação. Aprendamos, pois, a evitar as inquirições concernentes a nosso Senhor, exceto até onde ele se nos revelou através da Escritura. Do contrário, entraremos num labirinto do qual o escape não nos será fácil... Já que nosso dever é deixar-nos guiar pela orientação do Espírito, então devemos ficar e permanecer onde ele nos deixar.  Se alguém presume conhecer mais do que o Espírito lhe haja revelado, o mesmo acabará sendo fulminado pelo imensurável fulgor dessa luz inascessível.  Não devemos esquecermo-nos da distinção entre o conselho secreto de Deus e sua vontade revelada na Escritura.  Ainda que toda a doutrina da Escritura exceda, em sua sublimidade, ao intelecto humano, todavia os crentes que seguem o Espírito como seu Guia, com reverência e circunspecção, não são proibidos de ter acesso à vontade divina. Entretanto, outro é o caso em relação a seu conselho oculto, cuja profundidade e cuja altura  não temos como atingir através de nossa investigação... “  

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Alguém disse #010 - Sobre a autoridade de Deus.

Devemos simplesmente lembrar disso: que Deus seria privado de parte de sua honra caso não lhe fosse permitido exercer autoridade sobre o homem de ser o árbitro de sua vida e de sua morte.
(João Calvino, em Romanos, Edições Parakletos)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alguém disse #009 - Sobre o céu.

Reproduzo aqui palavras de Jonathan Edwards (1703-1758), em tradução livre do livro de bolso - Heaven: a world of love - editado pela Banner of Truth Trust em 2008.


“Todo salvo no céu é como uma flôr naquele jardim de Deus, e o amor santo é a fragrância e o cheiro doce que todas elas exalam, e que preenchem as moradas daquele paraíso celestial. Cada alma lá, é como uma das notas de um concerto de prazerosa música, que suavemente harmonizam-se uma com a outra, e onde todas as notas combinam-se no mais alegre arranjo de louvor eterno a Deus e ao Cordeiro. E assim todos se ajudam mutuamente, ao máximo, para expressar o amor de toda a sociedade ao seu Pai e Cabeça, e para retornar o amor para a grande fonte de amor, pela qual eles são supridos e cheios de amor, e de santificação e glória. E assim eles amarão, e reinarão em amor e em alegria divinal, que é o seu fruto abençoado, de tal maneira que nenhum olho já viu, nem ouvido ouviu, nem alguém nesse mundo imaginou em seu coração; e então, na plenitude da esplendorosa luz do trono, cativados pela felicidade que aumenta sem fim, e que também é eternamente plena, eles viverão e reinarão com Deus e Cristo para sempre e sempre!”  

sábado, 16 de outubro de 2010

Música #001

Luzes
(por Ricardo Figueiredo)




Sangue, crimes, incesto na cidade
Facas, taras, aborto nessa idade
Mesmo assim o cara se distrai
Nas cores, nas luzes da cidade

Vida louca nega a Verdade
Duas faces, confusa realidade
Mesmo assim o cara se distrai
Nas cores, nas luzes da cidade

Não! Eu não quis contemplar a miséria calado
Dei um grito de socorro ao meu Deus
Não! Eu não quis prosseguir nesta miséria calado
Dei um grito de socorro ao meu Deus

Clamor atendido, vida renascida
Olhos novos visando o Eterno
Sendo assim toda coisa muda
Dentro de mim há paz de verdade.


("Luzes" - Música gravada em 1989 pelo Grupo S8)

sábado, 2 de outubro de 2010

Lí, gostei e recomendo #020

Estou postando aqui ótimo texto acessado em http://palavraplena.typepad.com


Acho que o tema foi muito bem colocado e é de suma importância para a saúde espiritual do povo de Deus. Compartilho da mesma preocupação e assombro com a ética no evangelicalismo nacional. Apenas acho que as manifestações cidadãs não devem ser lideradas pelas igrejas, mas sim praticadas por cada crente, atuando em instituições ou grupos voluntários junto à sociedade civil. Penso que a igreja deve primordialmente cumprir seu papel de ensinar e pregar a Palavra, edificando o seu povo para que este seja luz no mundo e sal da terra nas vocações para as quais cada um foi chamado pelo Senhor. Segue o post!


LIMITES ESTREITOS DA ÉTICA EVANGÉLICA BRASILEIRA

4528452809_ef8a6a386b_mHá certos temas que são recorrentes na maior parte dos púlpitos brasileiros. Percebe-se a igreja, por exemplo, bastante preocupada com pedofilia, lei da homofobia, aborto, pornografia, divórcio. Por motivo de integridade intelectual, não se pode crer no Novo Testamento, e menosprezar esses assuntos. A liberdade de expressão, os direitos da criança, a santidade da vida humana, a pureza sexual e a importância do matrimônio são valores inegociáveis do cristianismo. Teme-se que -se essas iniquidades não forem combatidas pela igreja-, Deus julgará o seu povo.
Temos motivos, de fato, para nos preocupar. Porém, muito mais amplos do que o que inquieta a maior parte da igreja. Por que? Porque essas não são as únicas transgressões que a Bíblia denuncia e condena. Há iniquidades, tão graves quanto as supramencionadas que passam despercebidas por -aqueles cujos nomes constam no rol de membros das igrejas brasileiras-, e presentes de modo histórico, disseminado e crônico no Brasil. 
Não se menciona nos nossos púlpitos a desigualdade social, os casos de homicídio, as péssimas condições de moradia do pobre, a superlotação dos presídios, os salários baixos, a fome, a condição precária dos hospitais, a falta de acesso a educação de qualidade. Como pensar que seremos julgados por Deus pela prática daqueles pecados e não destes? O fato de uns estarem em vias de ser institucionalizados e outros não, não faz diferença, pois jamais houve o caso de um povo ser justificado diante de Deus pela beleza da sua legislação. A lei sem obras é morta.
Tem que ser igualmente enfatizado que -o juízo sempre começa pela casa de Deus. O que falar dos que dizem representar os interesses da igreja nas assembléias legislativas estaduais e Congresso Nacional, eleitos com o voto do crente, em campanhas realizadas no horário do culto a Deus? Alguns são reputados como os mais reacionários, vaidosos, alienados, corruptos que se tem notícia. Como deixar de fazer menção das igrejas que lavam dinheiro? Como não mencionar os pastores que deixam suas congregações se transformarem em currais eleitorais de canalhas, em troca de concessão de rádio, aparelhagem de som, legalização de propriedade e tijolo para construir templo? 
Não podemos deixar de deplorar as grandes mobilizações -marchas ufanistas-, capazes de levar milhares para as ruas para nada, absolutamente nada. Pessoas são assassinadas aos milhares nas cidades brasileiras, dinheiro público escoa pelo bueiro da corrupção, metade da população habita em bairros sem rede de esgoto, e a igreja se reúne, em número incontável, nas principais cidades do Brasil, sem anunciar que está indo para as ruas a fim de combater essas provocações à santidade de Deus. Qual o motivo de uma passeata pelos direitos e garantias fundamentais do povo brasileiro jamais ter sido realizada pela igreja? A preocupação com a vida, no seu sentido mais amplo, não está presente nos corações dos seus membros, uma vez que estes encontram-se completamente alheios à obscenidade da violação dos direitos humanos, na maioria das vezes perpetrada pelo próprio Estado.
Deixaremos de denunciar as nossas instituições de ensino teológico, muitas das quais, ensinam o exato oposto proclamado pelas Escrituras Sagradas, sem ter quem faça oposição? De igual modo, muitos dos nossos pastores terão que, antes de denunciar os pecados dos de fora, aprender a se desfazer das jóias de ouro que ostentam, dos ternos caríssimos que exibem, dos carros luxuosos que dirigem e padrão de vida endossado por uma teologia que -só serve para justificar a riqueza dos profetas de causa própria-, enquanto uma massa de crentes é mantida no padrão social dos mais baixos do país. Igualmente, convém proclamar, que envergonham os céus, campanhas para levantamento de ofertas que fazem tropeçar todo e qualquer brasileiro que tem cérebro, uma vez que apelam para a ignorância e crendice, num contexto de total falta de transparência da administração financeira de instituições evangélicas.
As afrontas a Deus, tanto na nossa nação quanto na igreja, são mais amplas e sérias do que pensamos. Temos provocado um Deus Santo. Por isso, o desrespeito da população brasileira pela igreja, o desprezo pela função do pastor, a falta de interesse dos meios de comunicação pelo que a igreja pensa. Perdemos credibilidade. Setores inteiros da nossa sociedade não conseguem se imaginar presentes em cultos barulhentos, onde não se fala coisa com coisa e dirigidos por homens de vida dúbia.
As maiores ofensas a Deus que ocorrem na nossa nação, só serão combatidas pela igreja, quando esta deixar de agir de modo espasmódico, ingênuo, estreito, superficial. Esses batalhas não se vencem sem evangelização que prega arrependimento para com Deus e fé em Jesus Cristo, oração, protesto nas ruas, busca de informação, pressão sobre as três esferas de poder da república, entre outras ações mais, tão ausentes da práxis das igrejas do nosso país. O que houve conosco? Somos protestantes. Atrás de nós, há uma legião de homens e mulheres, que -por crerem no que creram- protestaram, vindo a selar seu testemunho com seu próprio sangue.
Enquanto nossa mensagem for determinada por uma pregação estranha às reais demandas morais e espirituais do Brasil, carente de relevância, pobre de pertinência histórica, destituída de discernimento temporal e privada de fidelidade às Escrituras, continuaremos a deixar de pregar sobre aquilo que tão extensamente encontramos nos textos proféticos da Bíblia, e que seria proclamado com clareza, paixão e ousadia por qualquer profeta do passado que estivesse em nosso lugar -homens que costumavam ser valentes não apenas dentro do templo-, mas nos locais onde as verdades referentes às demandas do direito e da justiça tinham que fluir, como um grande e caudaloso rio.

Antônio Carlos Costa
Ministro do evangelho 
Presidente do Movimento Rio de Paz

sábado, 18 de setembro de 2010

Lí, gostei e recomendo #019 >>> Amados por Deus

Em seu livro “Amados por Deus” (Editora Cultura Cristã), R.C. Sproul procura responder algumas perguntas dentre as quais destaco a seguinte: “De que modo as pessoas podem experimentar e transmitir o amor de Deus?”  

De maneira simples e direta, Sproul apresenta argumentos importantes sobre o amor e a resposta para a indagação acima descrita, utilizando para isso a Palavra de Deus, em especial os versículos bíblicos contidos em 1 João 4:7-11, a saber:

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” 

Sproul comenta assim esse texto bíblico:

“(Na) afirmação de João de que Deus é amor, vemos um artifício literário que aponta o fato de que Deus é a origem, o fundamento, o modelo e fonte de todo amor. Lembramos que o contexto bíblico em que João diz que Deus é amor é uma exortação ou um mandamento sobre o modo como devemos nos comportar em relação ao próximo. João escreveu ‘Amados, amemo-nos uns aos outros’. Este é o imperativo que está diante de nós. Quando João procurou um fundamento lógico para este mandamento, ele acrescentou ‘porque o amor procede de Deus’.

Dizer que o amor procede de Deus significa que o amor pertence a Deus ou que é uma propriedade de Deus. Ele tem a posse do amor como uma propriedade do seu ser divino, como um atributo. Significa também que o amor é essencialmente de Deus. Sempre que o amor é manifestado, ele aponta para seu fundamento, seu proprietário e sua fonte, que é o próprio Deus. Novamente, isto não significa que todo amor é de Deus, mas significa que todo amor genuíno procede de Deus e tem suas raízes nele.

O amor que João está descrevendo obviamente não é um amor genérico. O amor que ele descreve é um tipo específico de amor. Ele fala disto em termos restritivos. O amor está limitado àqueles que nasceram de Deus e que conhecem a Deus. Ele continua a dizer que a pessoa que não ama, neste sentido limitado, não conhece a Deus e provavelmente não é nascido de Deus.

Este tipo restritivo de amor que caracteriza Deus é o tipo de amor que se revela naqueles que nasceram de Deus. É um dom com uma origem sobrenatural. Encontra-se apenas nos que nasceram de novo, porque todos os que exercitam e apenas aqueles que o exercitam são nascidos de Deus.”

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alguém disse #008 - Perguntas aos evolucionistas

Meu amigo Emir me enviou um email com interessantes perguntas feitas por um cara chamado Teno Groppi. Tratam-se de questões que desafiam a lógica do raciocínio evolucionista. Leia abaixo e responda se puder.

- Quando o "Big Bang" supostamente começou o universo - o que foi que explodiu? Donde veio o primeiro pedaço de matéria? Donde veio a energia que causou a explosão? Donde veio o espaço para dentro do qual a explosão se expandiu?

- De que maneira pernas evoluíram para asas sem evoluir primeiramente para [alguma coisa] parcialmente perna, parcialmente asa? Tal [aleijão] seria inferior, para se locomover, a qualquer uma das duas [alternativas de membros] totalmente desenvolvidas. Aquela [forma transitória] não tornaria a extinção mais provável [que tudo], pelo fato de esta criatura ter mais dificuldade em buscar comida e em fugir de predadores? (A mesma pergunta pode ser feita para escamas e penas, ou guelras e pulmões, e outros órgãos). 

- O que evoluiu primeiro: as plantas, ou os insetos que as polinizam?

- O que veio primeiro: a mensagem do DNA, ou o [seu] portador que é o RNA, ou a proteína, uma vez que a produção de cada um deles requer que os outros dois já estejam presentes? 

- Para que a ameba sequer se incomodaria de evoluir para criaturas "mais avançadas" tais como o dodô e os dinossauros, uma vez que estas vieram a ser extintas, enquanto que a ameba ainda está por ai? 

- Com quem cruzou a primeira célula capaz de se reproduzir? 

- O que surgiu primeiro: o sistema digestivo; a comida a ser digerida; o conhecimento da necessidade de alimento; a habilidade de achar alimento; o saber o que é alimento, o que consumir e de que forma consumir; os sucos gástricos; ou a habilidade do corpo em não ser destruído pelos mesmos ácidos que digerem o seu alimento? 

- Como as baleias sabem nascer propositadamente diferentes dos demais mamíferos, com a cauda saindo primeiro, sendo ejetadas velozmente, e nadando celeremente para a superfície, bem próxima, para não serem afogadas durante o parto? Mamíferos nascem na posição "cabeça primeiro". Por acaso todas as baleias bebês se afogaram até a evolução descobrir que baleias não podiam nascer da mesma forma que os demais mamíferos? Lembre, elas teriam menos do que uma geração para fazer a devida correção evolutiva, pois uma geração de baleias afogadas teria causado a extinção da espécie.