sábado, 7 de julho de 2012

Lí, gostei e recomendo #034 >>> Ministério de Misericórdia


Timothy Keller, na segunda edição de seu livro “Ministries of Mercy: The Call of the Jericho Road” (P&R Publishing, 1997), nos apresenta um valioso ensino sobre o ministério da misericórdia a partir da Parábola do Bom Samaritano. Segue um pequeno trecho de algumas passagens compiladas:

Os cristão são cobrados para lembrarem-se dos pobres (Gálatas 2:10), das viúvas e dos órfãos (Tiago 1:27), praticarem hospitalidade aos estrangeiros (Hebreus 13:2), e denunciar o materialismo (I Timóteo 6:17-19). Embora devam priorizar ajuda aos necessitados da sua igreja, os crentes devem praticar obras de misericórdia também a todas as demais pessoas (Gálatas 6:10)... Isso não é apenas uma responsabilidade dos cristãos como um todo, mas foi também estabelecida uma classe eclesiástica oficial – os diáconos – para o ministério de misericórdia da igreja. Isso demonstra que a misericórdia é mandato da igreja, assim como o são os ministérios da Palavra e da disciplina (Romanos 15:23-29)... Muito embora o ministério de misericórdia objetive necessidades físicas, ele é um ministério espiritual para as necessidades físicas! Ele tem uma motivação espiritual nos doadores e um impacto espiritual nos receptores... O Cristão deve sair ao mundo com o evangelho da Palavra e das obras. Nossa missão nada mais é do que buscar e atender as necessidades humanas básicas (nos planos teológico, psicológico, sociológico e físico)... sob o governo de Jesus Cristo.

sábado, 12 de maio de 2012

Lí, gostei e recomendo #033 >>> Arqueologia nas Terras Biblicas


John D. Currid escreveu um interessante livro, cujo título em português é “Arqueologia nas Terras Bíblicas”, publicado pela Editora Cultura Cristã. Segue um trecho do livro.

A arqueologia ... é uma serva da história, ajudando seu estudo pela revelação de informações necessárias. De fato, ela proporciona dados que registros escritos normalmente não o fazem... (ela) descreve e explica como viviam os diversos tipos de pessoas, do trabalhador rural na agricultura ao rei em seu trono... ela alarga o nosso entendimento a respeito da antiguidade...

Nas investigações arqueológicas da Palestina predominam os objetos remanescentes da presença de hebreus naquele local durante a Idade do Ferro (c. 1200-586 a.C.). Incluem-se entre eles alguns materiais do período dos juízes, da monarquia unida e dos dois reinos de Israel e Judá. A Idade do Ferro teve seu fim com a destruição do reino do sul e sua capital, Jerusalém, em 586 a.C.

Os três próximos períodos (Persa, Helênico e Romano) dizem respeito à Palestina sob o dominio de poderes estrangeiros. Assim sendo, os resíduos arqueológicos destes períodos refletem grande influência estrangeira. Inclusos nesta era estão os períodos intertestamentário e do Novo Testamento, com os quais a Bíblia e, consequentemente, a arqueologia bíblica alcançam seu terminus ad quem.

Betsaida é frequentemente mencionada nos relatos dos evangelhos... era uma cidade portuária na costa norte do mar da Galiléia... foi a cidade natal de pelo menos três discípulos... todos aparentemente pescadores... Duas conclusões importantes foram tiradas da primeira seção de escavação (de et-Tell, provável sítio de Betsaida). Primeiramente, a base estatigráfica do sítio foi estabelecida: o povoamento original foi fundado no Bronze Antigo seguido por uma ocupação na Idade do Ferro e uma cidade mais importante no período Helênico/Romano. Em segundo lugar, alguns achados... confirmaram a identificação do sítio como Betsaida: em particular, instrumentos de pesca (e.g. anzóis, chumabadas) indicavam que o principal negócio da vila era a pesca...  Betsaida está voltando à vida através da arqueologia.

domingo, 8 de abril de 2012

Lí, gostei e recomendo #032 >>> O Legado da Alegria Soberana

 Segue abaixo trechos extraídos do livro de John Piper intitulado “O Legado da Soberana Alegria:  A graça triunfante de Deus na vida de Agostinho, Lutero e Calvino”, publicado por Shedd Publicações, 2005. 
“...Os tempos eram severos imorais e bárbaros e possuíam um efeito contagioso sobre todos, assim como somos todos contaminados pelos males de nosso tempo. Seus pontos cegos e seus males podem ser diferentes dos nossos. E pode ser que as coisas que eles viam claramente sejam exatamente aquelas para as quais somos cegos. Seria ingenuidade dizer que nunca faríamos o que eles fizeram sob aquelas circunstâncias e, portanto, concluir que eles nada têm a nos ensinar. Na verdade, nós somos, sem dúvida, cegos para muitos dos nossos males, assim como eles foram para muitos dos seus. As virtudes manifestadas por eles naqueles tempos são, provavelmente, aquelas que necessitamos em nossos dias. Havia na vida e no ministério de João Calvino uma grande constância, teocêntrica, férrea e fiel à Bíblia. Sob o estandarte da misericórdia de Deus para pecadores miseráveis, faríamos bem em escutar e aprender. E isso também conta para Martinho Lutero e Agostinho.






... Há lições vivificantes escritas pela mão da Divina Providência em cada página da história. O grande alemão e o grande francês beberam do grande africano e Deus deu a vida da Reforma... Sejamos advertidos... pela boca de Lutero, que a única fonte original e verdadeira e revigorante é a Palavra de Deus. Cuidado para não substituir a fonte pura das montanhas da Escritura pelo rio sujo dos grandes santos. Eles são preciosos, mas não são puros.
... Os cisnes não estão silenciosos... Podemos nos sentir como grilos chilreando na presença de Agostinho, ou como ecos minúsculos de Lutero e Calvino. Mas nossa percepção de inadequação só aumenta a graça de poder ouvir suas vozes e ver suas vidas tanto tempo depois que viveram. Não eram perfeitos, o que os torna ainda de maior ajuda em nossa batalha para sermos úteis a despeito de nossa fragilidade.”  

terça-feira, 27 de março de 2012

Alguém disse #013 - Einstein sobre sua fé

Albert Einstein (1879-1955), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1921:

"A todo cientista minucioso deve ser natural algum tipo de sentimento religioso, pois não consegue supor que as dependências extremamente sutis por ele vislumbradas tenham sido pensadas pela primeira vez por ele. No universo incompreensível revela-se uma razão ilimitada. A opinião corrente de que sou ateu baseia-se num grande engano. Quem julga deduzi-la de minhas teorias científicas, mal as compreendeu. Entendeu-me de forma equivocada e presta-me péssimo serviço..."


In: H. Muschalek (Ed.) - Gottbekenntnisse moderner Naturforscher, quarta edição, Morus, Berlim, 1964.

domingo, 18 de março de 2012

Lí, gostei e recomendo #031 >>> DEUSES FALSOS

Lí um livro muito bom nesses dias. Trata-se de "Counterfeit Gods:  The empty promises of money, sex, and power, and the only hope that matters, Timothy  Keller, Dutton, 2009".  O livro já foi publicado em português pela Ediouro com o título de “Deuses Falsos”. Segue um trecho com tradução livre:

“ O código moral mais famoso do mundo é o Decálogo, os Dez Mandamentos. O primeiro mandamento é “Eu sou o Senhor, teu Deus, ... não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Isso nos leva a uma pergunta natural:  O que quer dizer outros deuses? Uma resposta segue imediatamente. “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto...” (Êxodo 20:4-5). Isso inclui todas as coisas do mundo! A maioria das pessoas sabe que você pode fazer do dinheiro um deus.  A maioria sabe que você pode fazer do sexo um deus. Entretanto, qualquer coisa na vida pode se tornar um ídolo, um deus alternativo, um falso deus.

... Todas as coisas sobre as quais aquelas pessoas construiram toda a sua felicidade tornaram-se pó em suas mãos porque elas construiram toda a sua felicidade sobre elas... Nós pensamos que ídolos são apenas coisas ruins, mas isso não é sempre o caso. Quanto mais grandiosa é a “coisa boa”, mais esperamos que ela satisfaça nossos desejos e anseios mais profundos. Qualquer coisa pode se tornar um falso deus, em especial as coisas boas da vida. ”

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Alguém disse #012 - Sobre a auto-existência de Deus

Nos comentários da Bíblia de Estudo de Genebra sobre o versículo 2 de Salmos 90 - "Antes que os montes nascessem e se formasse a terra e o mundo, de eternidade em eternidade, tu és Deus." - podemos ler: 

As crianças, às vezes, perguntam: "Quem fez Deus?". A resposta mais clara é que Deus nunca precisou ser feito, porque sempre existiu. Ele existe de um modo diferente do nosso: nós existimos de uma forma derivativa, finita e frágil, mas o nosso Criador existe como eterno, auto-sustentado e necessário. Sua existência é necessária no sentido de que não há possibilidade de ele cessar de existir.


A auto-existência de Deus é uma verdade básica. Na apresentação que faz do "Deus desconhecido" aos atenienses, Paulo explica que o Criador do mundo "nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse, pois ele mesmo é quem a todos dá vida. respiração e tudo mais" (At.17:23-25). O Criador tem vida em si mesmo e tira de si mesmo a energia infindável e de nada necessita. A independente auto-existência de Deus é uma verdade claramente afirmada na Bíblia (Sl. 90:1-4; 102:25-27; Is. 40:28-31; Ap. 4:10).


Na teologia, muitos erros são resultado da suposição de que as condições e limites de nossa própria existência finita se aplicam a Deus. Na vida de fé, podemos também facilmente empobrecer-nos, se alimentarmos uma idéia limitada e pequena a respeito de Deus. A doutrina da auto-existência de Deus é um anteparo e defesa contra esses erros. O princípio de que só Deus existe por si mesmo o distingue de toda criatura e é o fundamento daquilo que pensamos a respeito dele. Saber que a existência de Deus é independente protege nossa compreensão a respeito da grandeza dele e, portanto, tem claro valor prático para a nossa saúde espiritual.  

domingo, 8 de janeiro de 2012

Lí, gostei e recomendo #030 >>> Os Últimos Dias Segundo Jesus


Para o cristão é importante cercar-se de bons intérpretes das Escrituras. Nesse ano de 2012, quando muita falácia sobre o fim do mundo é propagada, torna-se ainda mais necessário avaliar nossa doutrina e esperança quanto a temas escatológicos.  O livro de R.C.Sproul, Os Últimos Dias Segundo Jesus,  publicado pela Editora Cultura Cristã,  ajuda muito nesse sentido. Segue um trecho do livro:

“O modo de discutir o conteúdo do Sermão do Monte das Oliveiras depende principalmente da hermenêutica (os princípios de interpretação) empregada. A hemenêutica ortodoxa protestante segue o ponto de vista de Martinho Lutero do sensus literaris. Atualmente, existe muita confusão em relação ao “sentido literal” das Escrituras. Lutero queria dizer que deveríamos interpretar a Bíblia de acordo com a forma em que foi escrita, ou em seu “sentido literário”. Foi uma tentativa de evitar arroubos imaginários no subjetivismo que moldam as Escrituras, a deformam e modelam segundo o capricho e a inclinação do intérprete. Para se resguardar do subjetivismo, Lutero procurou uma regra que pudesse guiar o intérprete em direção a um objetivo ao interpretar o texto.

Interpretar a Biblia “literalmente” no sentido clássico exige que aprendamos a reconhecer nas Escituras diferentes gêneros literários. Poesia deve-se interpretar como poesia, e passagens de cunho didático devem ser interpretadas de acordo com regras didáticas. A narrativa histórica não deve ser tratada como uma parábola, nem a parábola como uma rígida narrativa hstórica. Muitas profecias bíblicas são moldadas dentro do gênero profético que utiliza uma linguagem de figuras vívidas e imaginativas e geralmente mistura elementos da narrativa histórica comum com a linguagem figurada da poesia.

Parte da confusão em torno da interpretação bíblica deriva da utilização contemporânea  do termo “literal”. Atualmente, “literal” geralmente se refere não ao sentido técnico que foi utilizado por Lutero, mas à interpretação de imagens poéticas e similares como uma didática direta ou linguagem indicativa.  Nesse sentido, entender todo texto “literalmente” não é interpretá-lo de acordo com o gênero em que foi escrito, mas interpretá-lo no sentido indicativo puro e simples...”